Qual vereador vai efetivamente fiscalizar os gastos da prefeitura de Quixadá com o carnaval?

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A Prefeitura de Quixadá, no Sertão Central do Estado, já anunciou que não gastará nenhum centavo do dinheiro público com a realização do carnaval 2015, e que toda a despesa correrá por conta da iniciativa privada. Desde que o anúncio foi feito, nenhum vereador se manifestou garantindo que fiscalizará detidamente os gastos, inclusive exigindo do poder público a necessária comprovação de que tudo se desdobrará assim como a prefeitura assegurou.

O município não vive seus melhores dias no quesito finanças públicas. Há muita reclamação dos servidores sobre constantes atrasos salariais, obras paradas e projetos que não saem do papel. Investimentos tem sido levados para municípios vizinhos, acarretando enorme prejuízo para a cidade. Além deste cenário desanimador, a estiagem que promete se prolongar por todo o ano exige ainda mais parcimônia no uso dos recursos do povo. De fato, o Tribunal de Contas dos Municípios já recomendou a suspensão dos gastos com carnaval em todo o Estado.

Em vista do acima, é somente natural que a população queira se assegurar de que nenhum centavo do dinheiro público seja usado na festança. Se há um planejamento para realizar a festa apenas com investimentos privados, então que os vereadores fiscalizem exatamente qual será o papel da prefeitura nisso tudo, e que denunciem ao Ministério Público qualquer eventual irregularidade encontrada.

A pergunta, porém, é: qual vereador fará isso?




Comentários

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  1. É certo esse termo: dinheiro público, coisa pública, mas não é bem assim a partir do momento que passam para os cofres da maioria das entidades públicas, que democraticamente deveria ser realmente pública, mas não são, ou seja, por não saberem administrar aquilo que é público os gestores parasitas acabam entregando nas mãos das entidades privadas muitos serviços essenciais, que não prestam um bom serviço, porque visam quase cem por cento somente no lucro. Então, aquilo que é público, no caso as verbas, os impostos num passe de mágica passa a ser privado, de particulares, pessoas gananciosas que não se preocupam com aquilo que é público. Muitos bens públicos passam a ser privados enriquecendo a muitos que muitas vezes são políticos inescrupulosos. Privatizar aquilo que é público é coisa de terceiro mundo, é o mesmo que jogar na privada a nossa carta magna.

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