Veja o Vídeo: Ministro da Saúde confirma falha e Prefeito de Quixadá passa vergonha em Brasília

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Na batalha travada pela instalação do curso de medicina em Quixadá, a gestão do prefeito João Hudson cometeu uma falha grosseira ao informar a existência de uma quantidade inferior ao número real de leitos hospitalares disponíveis no município. Com base no número baixo dado pela prefeitura, a cidade foi dispensada da pré-seleção.

Durante a audiência da comitiva quixadaense com o Ministro da Saúde, Arthur Chioro, o prefeito de Quixadá ficou muito constrangido ao escutar do chefe de um dos maiores ministérios do governo federal que a sua prefeitura havia enviado dados errados, que o centro de informação do executivo de Quixadá precisava se atualizar e que, por culpa de episódios deste tipo, ele tem que ficar o tempo todo dando satisfações à imprensa sobre o número de leitos no Brasil, que parece diminuir, em vez de aumentar. Hudson calado estava, calado ficou.

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“O negócio (curso) é extremamente vantajoso para a cidade, alavanca o desenvolvimento da economia, da medicina, dos prestadores; todo mundo ganha com isso. Agora, olha só: o que eu mais apanho, em ter que ficar o tempo inteiro respondendo à imprensa, é que nos últimos anos o número de leitos diminuíram no Brasil, quando a gente sabe que, na verdade, isso não aconteceu. Um exemplo é o de vocês. Vocês aparecem com um número muito menor num sistema que todo mundo olha, a imprensa olha, os deputados olham, os pesquisadores olham… é com base no que vocês preenchem que nós avaliamos o desempenho”, disse Chioro.

Como sugestão, o Ministro aconselhou o prefeito: “Assim, é aproveitar esse episódio para qualificar o centro de informação não só de Quixadá, mas de todas as cidades do Ceará, porque é muito ruim viver a situação que nós estamos vivendo.”

No início da noite desta sexta-feira, 01, as informações já haviam sido atualizadas no site do Ministério da Saúde, e Quixadá aparece agora com 115 leitos, dentre os quais 109 são do Sistema Único de Saúde.

O EDITAL NÃO É DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

O Ministro Chioro explicou que o edital não é do Ministério da saúde, mas do Ministério da Educação. “Portanto, a minha decisão não é a decisão definitiva. Nós vamos instruir tanto o processo para a ação cautelar, e também vamos instruir, a pedido do próprio ministério da educação, as questões que envolvem orientação de rede, números, etc. 11152697_1080432928637312_866888922165929791_nNós participamos, mas a decisão é do meu colega, o ministro da educação”, afirmou Chioro.

A liderança do PMDB, através do Senador Eunício Oliveira, já protocolou um pedido de audiência com Renato Janine Ribeiro, titular da pasta da educação.  A ação do PMDB pode fazer, no final, toda a diferença para os intentos quixadaenses.

NÃO É VERDADE QUE O MINISTRO FECHOU AS PORTAS PARA QUIXADÁ

Apesar de alguns veículos noticiosos de Quixadá terem afirmado que o Ministro da Saúde havia fechado as portas para o município neste edital, a informação não é verdadeira.

“Quero dizer pra vocês o seguinte: vou orientar o Weider (assessor ministerial) a aguardar o limite que ele puder para produzir a resposta para o MEC, para dar tempo de vocês arrumarem o sistema de informação. E ele (Weider) colocará na nossa resposta ao MEC a situação que vocês tinham informado e que agora [mudou]”, afirmou o ministro, arrancando aplausos de todos os componentes da comitiva, que renovaram as esperanças a partir daí.

Portanto, o Ministro da Saúde manteve um espírito disposto com as reivindicações de Quixadá, exatamente o contrário do que foi noticiado em alguns sites da internet.

SE O MEC NÃO ACEITAR  A CORREÇÃO, A CULPA SERÁ DA PREFEITURA

Chioro alertou para o fato de que, apesar dos esforços feitos até o momento  e da compreensão do Ministério da Saúde, será o MEC que decidirá sobre a questão. Ele explicou da seguinte forma: “Em qualquer concurso público, em qualquer edital público, é sempre o candidato que tem a responsabilidade pelas informações prestadas. Se ele deixa de atender a um dos requisitos, de maneira geral ele está reprovado a priori.”

11178271_942452595794611_4895659999285602421_nOu seja, caso o MEC tenha dificuldades para aceitar as atualizações feitas pela prefeitura, corrigindo o erro que ela cometeu, a culpa será do candidato que forneceu as informações, neste caso, da prefeitura de Quixadá.

Chioro ainda alertou para o fato de que Quixadá não poderá contar com a ajuda da Advocacia-Geral da União, pois isto poderia ensejar que outros municípios do Brasil fossem levados a fazer reivindicações semelhantes que abalariam todo o edital.

OU QUIXADÁ OU QUIXERAMOBIM – NÃO OS DOIS

Neste edital há uma cláusula que não permite duas faculdades de medicina na mesma região. Isto foi explicado pelo ministro, que disse textualmente o seguinte: “Este edital seleciona uma faculdade para cada região. Portanto, o curso será ou em Quixadá ou em Quixeramobim.”

Este posicionamento coloca como inapropriada a expectativa que tentou criar o ex-prefeito Ilário Marques, quando afirmou à população, durante o Fórum de Debates na Câmara Municipal, que o curso poderia contemplar as duas cidades. Segundo o próprio edital e a palavra do Ministro, isto não é verdade.

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Comentários

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  1. O povo só tem o que merece.
    Parabéns povo de quixada.

  2. Outro dia saiu em um portal de noticias de Quixadá que alunos de uma certa faculdade particular estavam a reevindicsr sobre seu acesso ao sistema de financiamento estudantil o fies. Essa faculdade em questão é recém criada e ao meu ver ainda não atende os requisitos necessário s para obtenção do FIES. Quixadá. Por ser economicamente e estruturalmente mais desenvolvida do que quixeramobim deve receber esse curso de medicina. Porém, não acho que devemos criar esperanças pois é bel provável que esse curso va para quixeramobim mesmo. Citei a historia da faculdade particular acima porque ha uma semelhança com a disputa em questão. Sera que Quixadá já tem de fato todos requisitos de fato para vinda desse curso. Do ponto de vista PUblico (UFC, uece) não. Mas tem novamente repetindo economia forte, e vários campos universitários.

  3. A cidade de Quixadá passa pela pior gestão de todos os tempos, considerando todas os fatores da atual sociedade. Pois é do conhecimento de todos que, o município recebe recursos todos os dias 10, 20 e 30 de cada mês. isso falando de recursos que destinam-se a pagamento de folha. E esse dinheiro tá indo pra onde?

    E os recursos que vem pra saúde? E as ruas esburacadas e sujas? sentimos o fedor de longe quando passamos por esses lixos espalhados pelas ruas.

    Culpa dos secretários? Também!!! mais quem foi leito foi o prefeito. Portanto senhor João da Sapataria, faça o seu papel. Sabemos que esses secretários atuais são designados aos seus cargos para pagar favor político, acordos feitos durante a gestão. E os serviços, a qualidade? Tem secretário que não entende de nada, mas mesmo assim, assume um cargo para ganhar nada mais, nada a menos do que MAIS DE 5 MIL REAIS LIQUÍDO EM SEUS CONTRA CHEQUES, e aí meu fii, é justo um negócio desse com os outros? vcs subiram de 4 mil para acima de 5 mil reais, os salários desses secretários, da gestão do Rômulo para a sua!!!

    Meu fii, nos pague em dias pelo menos… Todo mês, um mês dentro, assim não dar né!!!!!

  4. cara da´ vergonha quando uma pessoa de fora vem pra quixada e ve a cidade so´ as tiras,elas perguntam quen e´ o prefeito, ai eu digo aqui nos temos um mentor do mal e temos um fantoche que foi eleito,eu garanto se fosse o dr ricardo o secretario de saude nao passariamos essa vergonha,mais quando uma pessoa quer trabalhar com seriedade o mentor vai cuchicha no ouvido do fantoche ai a coisa desanda.

  5. Está provado que nos tempos de hoje é necessário que o todo aquele que venha a ocupar o cargo de prefeito de uma cidade, tem que ser por pessoas capacitadas mesmo, pessoas tecnicamente capacitadas, que tenham espírito de liderança e sem nenhuma pessoa que o comande,mas sim por assessoradas por pessoas também capacitadas e verdadeiramente no intuito de governar para todos. Não adiante só ser prefeito porque faz parte de um grupo e não conseguir administrar bem, por incapacidade, mesmo sendo uma boa pessoa, querendo acertar sob o comando de outros…

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