Estão definidos os nomes do presidente e do relator da Comissão Especial do Impeachment no Senado que irá apreciar o processo oriundo da Câmara Federal com pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, indicou o colega de bancada Raimundo Lyra, da Paraíba, para presidente da Comissão Parlamentar, enquanto, para o cargo de relator, que cabe ao PSDB, foi indicado o senador Antonio Anastasia, de Minas Gerais.
Os partidos têm até sexta-feira (22) para indicar seus representantes para a Comissão do Senado e, a partir daí, será definido o ritmo dos trabalhos. A oposição quer acelerar o processo e os governistas, atrasar. Mas é de comum acordo que o pedido de afastamento irá ser aceito na Comissão e depois vai ao plenário, já que, para isso, é preciso maioria simples – a metade mais um dos votos.
No Senado, neste momento, todos fazem contas sobre os aliados do governo: a conta da oposição é que o governo pode contar com segurança com o voto de 21 senadores, número que não dá para barrar a cassação do mandato da presidente Dilma se o julgamento fosse hoje.
Como o julgamento ocorre no prazo de até 180 dias depois do afastamento do cargo, os governistas dizem contar com o desgaste de Temer depois de assumir a presidência, diante da crise econômica e também do andamento da Operação Lava Jato, que vem atingindo nomes importantes do PMDB – a começar pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
