Quixadá já perdeu a batalha contra o mosquito aedes aegypti, e é preciso que a Prefeitura, a Câmara Municipal, a 8ª Coordenadoria Regional de Saúde e o Ministério Público Estadual, todos com capacidade para fazer alguma coisa a respeito, reconheçam isto urgentemente. Não há outra forma eficiente de começar a batalhar outra vez. Continuar apenas desenvolvendo as medidas em curso é como enxugar gelo.
Dos 1.157 casos notificados numa área abrangendo dez municípios, 1.102 estão somente em Quixadá. Um escárnio! O Bairro Campo Novo, onde está concentrada a maior taxa de incidência, é uma área de guerra. Praticamente em cada casa há um doente.
É preciso recomeçar a lutar com todas as partes na mesa de planejamento, incluindo a população. A prefeitura, sozinha, está perdida no meio de uma batalha também perdida. O mosquito venceu desta vez. O município está rendido. É só olhar o cenário. O bichinho parece ter vencido, inclusive, um poder tão grande como o Ministério Público que, obrigado a defender a cidadania, permanece aparentemente inerte diante das ameaças contra ela vindas de um mosquito.
Caso as ações contra o aedes aegypti não tomem outras formas, com nova amplitude e agregando mais forças, gente vai começar a morrer. O pior é que, num período como este, terá sempre um político papa-defunto para tentar tirar o seu proveito da crise, como fazem também os vermes sobre a carniça.
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