A proposta dos subservientes é que Quixadá simplesmente baixe a cabeça para o poder que os alimenta

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subserviencia

Dentre as definições para a palavra subserviente, encontramos estas:

  • “aquele que se presta às vontades de outrem servilmente”;

  • “aquele que atende às vontades alheias com facilidade”.

Esta é uma boa palavra para descrever com precisão boa parte dos políticos de Quixadá. Há anos alguns deles se alimentam do poder junto ao governo estadual, mantendo privilégios, posição e garantindo uma boa grana em seus bolsos.

Como resultado da subserviência aos comandos do executivo do estado, inclusive com longos períodos de silêncio e nenhuma cobrança, Quixadá tem sido tratada a pão e água, esquecida, abandonada, lembrada apenas como palco de promessas em anos de campanha eleitoral.

Os tais aliados que poderiam chegar junto, cobrar melhorias e investimentos governamentais para o município, preferem agradar aos homens no poder e, com isto, continuar usufruindo as benesses da corte. Foi assim, ininterruptamente, durante o primeiro e segundo mandatos de Cid Gomes e, agora, durante o governo de Camilo Santana.

sub2Não é tão difícil observar, seguir a lógica desapaixonada e concluir que quem manda nos representantes do povo quixadaense junto ao governo do Ceará são – ao que o comportamento destes indica -, interesses pessoais, estratégias de reeleição e, claro, as canetadas do chefe do Palácio da Abolição.

Aliás, após anos de aumento substancial da violência em Quixadá e de silêncio absoluto dos aliados, o governador será reverenciado em praça pública no dia 23 deste mês, quando virá anunciar a instalação do BPRaio no município e entregar mais um saco de promessas ao povo.

Na presença do chefe, a turma empolgada provavelmente nem lembrará – envolvida que estará pelo espírito de bajulação pré-campanha -, que a medida foi apressada pelo sangue de três bravos policiais militares, vertidos em combate desproporcional, aos quais o mesmo governador sequer deu a gentileza da presença e o ato de continência honrosa em seus funerais.

O correto seria dizer que ele não faz mais que sua obrigação e, ainda assim, pelo menos do ponto de vista dos enlutados em decorrência da negligência do Estado, o faz tarde demais.

Esta subserviência dos representantes quixadaenses foi, também, a grande responsável pela perca de investimentos importantes no município, tais como o Hospital Regional do Sertão Central que, como todos sabem, continua de portas fechadas em terras quixeramobienses como lembrete, de um lado, da maneira desrespeitosa como os últimos governantes cearenses tem tratado nossa região e, de outro lado, como testemunha de acusação da subserviência dos aliados locais.

Para o futuro, a proposta dos subservientes é que Quixadá simplesmente baixe a cabeça e aceite sem reclamar a continuidade deste sistema covarde de troca de vantagens políticas entre aliados e a corte no Palácio da Abolição. Se é isto o que o quixadaense quer, em outubro saberemos.

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1975109_895395303833674_3941638773056511380_nPor Gooldemberg Saraiva




Comentários

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  1. Se fosse possível, assinaria a matéria, mas como não é apenas deixo o meu apoio incondicional ao teor dela, lembrando que segundo parece a situação vai continuar para nossa infelicidade. Pergunta-se: até quando iremos conviver com esta situação constrangedora?

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