O advogado Josenias Saraiva Gomes, com escritório estabelecido na cidade de Morada Nova, morreu no fim da tarde desta terça-feira, em Quixadá, quando foi executado ao lado de dois outros homens, dentro de um carro.
O veículo em que o advogado estava se deslocava por uma rua ao lado do prédio do Quartel da Polícia Militar, em Quixadá, quando foi abordado por outro carro no qual estavam três homens. Vários tiros foram disparados contra o veículo em que Josenias estava, levando-o à morte imediata.
O empresário Veridiano e seu filho Sadoque estavam no mesmo carro do advogado e também morreram.
Policiais do Comando Tático Rural (Cotar) fazem buscas pelos suspeitos, que fugiram em direção ao município de Ibaretama.




Não ter nada a ver COM OS FATOS QUE ESTEJAM SENDO IMPUTADOS AOS NOSSOS CLIENTES, não salvará a vida de outros advogados não precavidos. ir “A LUTA PELO DIREITO” não é melhor que evitar morrer. Sim, melhor seria que o advogado estivesse vivo. Então, evitar estar junto ou em deslocamento com clientes que possuem inimigos ou são ameaçados de morte é algo razoavelmente prudente. Penso que melhor é estar vivo que exercer a profissão descuidadamente. Pois faça o que se fizer não trará a vida o advogado que foi descuidado. Apenas minha opinião.
Senhor “Paulo Renato – Adogado”, não tem absolutamente relação alguma o exercício da profissão de advogado com a condução em seu veiculo de seus clientes ou no veiculo dos clientes. Isso é uma escolha do advogado. Que não deveria em hipótese alguma ir juntos com seus clientes em um mesmo veiculo, mas cada qual em seu quadrado, o cliente em seu carros e advogado no seu os acompanhando a frente ou atrás do veiculo. Se ele sabia da existência de inimigos de seus clientes é ainda mais tola a escolha que fez. Se continuarem a pensar assim certamente muitos outros casos acontecerão.
Apesar de sermos profissionais em diversas áreas, a OAB de todo o Brasil, deve dar mais atenção aos advogados criminalistas, porque são mais vulneráveis a efeitos colaterais. É o caso do colega assassinado em Quixadá, por mera vontade alheia, onde os atingidos englobam todos que estão ao redor. Talvez o perseguidor não queria lesionar o colega, mas como não teve jeito de desviar as negativas, acabou sendo contaminado por mera presença, no momento que estava exercendo sua atividade profissional.
Meus pêsames à família do Dr. Josenias Saraiva Gomes, é lamentável a perda de mais um profissional, que estudou tanto e almejou o seu futuro para chegar um fim trágico.
Estas são as minhas palavras de desabafo, não o conheço o ex-colega, mas é como se conhecesse porque a sua atividade é a mesma que irei exercer no próximo ano.
Meu Caro Zé Cláudio, e demais leitores, também sou Advogado e sei que acompanhar cliente à delegacia ou levá-lo de volta para casa é sim parte integrante do “exercício da profissão de Advogado.” Trabalhamos diariamente com isso, com dignidade, respeito e responsabilidade e NÃO TEMOS NADA A VER COM OS FATOS QUE ESTEJAM SENDO IMPUTADOS AOS NOSSOS CLIENTES. APENAS PATROCINAMOS A SUA DEFESA. ISSO É UM DIREITO CONSTITUCIONAL DE QUALQUER PESSOA.
É bom que se diga que a atividade de advogado não se restringe apenas ao acompanhamento de audiência, júri, aconselhamento, etc. Tudo, mas tudo mesmo, que esteja direta ou indiretamente ligado à nossa profissão a ela integra e dela faz parte. Isso precisa ser compreendido e respeitado.
É preciso que se respeite os profissionais do direito que apenas trabalham para tentar fazer desse mundo um mundo mais justo, tranquilo e sadio para se viver. A OAB DEVE envidar todos os esforços necessários para a solução deste caso, não simplesmente por tratar-se da morte de um advogado, mas por que este ato representa uma ameaça ao nosso tão perquirido Estado Democrático de Direito que, em dizer breve, assegura o direito de defesa de qualquer cidadão. LAMENTÁVEL E ASSOMBROSO, MAS NÃO PODEMOS BAIXAR A GUARDA: VAMOS À “LUTA PELO DIREITO”.
Com todo respeito às vidas perdidas, não me parece que estar dirigindo um carro ou mesmo estar num carro com pessoas que seriam clientes, seria exercício da profissão. Quando via a manchete pensei um ataque no Fórum da cidade, numa audiência. No caso, pareceu mais estar no lugar errado, na hora errada. Isso se considerarmos não ser o advogado o alvo da ação criminosa.