Sabe aquele tipo de canalha que bate, bate e bate na esposa, mas que fica todo bonzinho quando a companheira ameaça finalmente se separar para ir tentar trilhar caminhos diferentes e, certamente, melhores? Pois é. Este tipo também existe na política, e os quixadaenses não terão dificuldades para identificá-los.
Há políticos que, pela ação desfavorável ou simplesmente pela inércia, judiam do próprio povo que afirmam amar, tal como o marido agressor que se declara apaixonado, mas que é violento. O comportamento desinteressado destas lideranças pelas causas mais prementes da sociedade é, na verdade, uma verdadeira agressão.
Mas tudo tem limite e o tratamento covarde cansa. De fato, quando a sociedade finalmente se toca que tem a oportunidade de expurgar tais agressores de seus direitos e interesses da cena pública e, consequentemente, decide rejeitá-los nas urnas, aí começam os afagos em vez dos tapas. Obras, investimentos, projetos, tudo, absolutamente tudo começa a acontecer.
A aposta feita pelo político covarde, agressor dos interesses do povo, se baseia em duas coisas: (1) memória curta do eleitorado, que realmente esquece fácil o tratamento ruim que lhe deram, mesmo durante muitos anos; e (2) paixão partidária.
Assim como o agressor se sente seguro de que pode continuar os maus-tratos quando enxerga uma paixão cega, escravizadora, dominando sua companheira, o político ruim também conta com isto para prosseguir com sua conduta reprovável.
Você conhece um lugar que foi vítima da falta de interesse dos seus representantes? Que perdeu investimentos importantes pela falta de ação das suas lideranças? Que, no entanto, pouco antes do dia das eleições, começa a receber todo tipo de favorecimentos de quem antes agredia seus interesses? Conhece um município assim?
Tal como o marido covarde, o desejo por trás destas ações é tão somente acalmar sua revolta, eleitor, para, depois, prosseguir mantendo você na peia e submisso.
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