Como nos ensina a citação do teólogo e professor Leonardo Boff, “todo menino quer ser homem. Todo homem quer ser rei. Todo rei quer ser Deus, mas só Deus quis ser menino”. Esta famosa frase certamente se encaixa como uma mão na luva à postura do atual prefeito de Quixadá, Ilário Marques (PT). Isso porque suas atitudes e condutas administrativas a frente da Prefeitura Municipal demonstram claramente que todos devem se submeter às suas ordens e vontades, sem qualquer direito ao contraditório.
O problema todo surge porque o prefeito de Quixadá não é rei e muito menos Deus, mas deseja que todos a sua volta estejam sujeitos a sua própria vontade e obedeçam as suas ordens sem questionamentos, sob pena de haver punição imediata, como perseguição ou até mesmo despedida sumária no caso de servidor temporário, por exemplo. Isso ocorre porque o prefeito acha que dispõe de tanto poder no comando da prefeitura, que considera a si próprio um ser superior a todos. É nítido perceber que o mesmo sonha com uma gestão soberana, absoluta e livre de qualquer controle, até mesmo do Judiciário.
Para se ter uma noção do temor que esse comportamento do alcaide causa nas pessoas, principalmente nas mais humildes, quando o site Monólitos Post foi procurado por um grupo de professores temporários que denunciaram o corte em seus salários durante todo o ano de 2017, o não recebimento de décimo terceiro e a ameaça de pagamento de apenas 10 dias referente ao mês de janeiro de 2018, a redação do site indagou ao grupo por que não iam falar com o prefeito para tentar um acordo, mas foram unânimes em responder que não adiantava, pois já sabiam que ele não aceitava opinião contrária de ninguém e que tudo tinha que ser como decidia e pronto. Alguns até disseram que tinha medo de falar com o gestor que está aí por conta da fama de ditador. O grupo de servidores, no entanto, preferiu não se identificar temendo represália e a impiedosa vingança.
E muitos devem ter reais motivos para não questionar os desmandos da gestão, já que o prefeito descumpriu até mesmo uma ordem da Justiça para não renovar os contratos temporários, imagine só se iria cumprir com o pagamento dos referidos servidores. Outra prova de que o alcaide quer “enfiar de goela abaixo” todas as suas ordens, recentemente enviou um projeto de lei para a Câmara visando aumentar impostos em plena crise financeira e tomar o imóvel de quem tem dívidas com IPTU em uma sessão extraordinária em regime de urgência. Ou seja, sua vontade era que o polêmico projeto fosse aprovado em uma única sessão, sem qualquer debate prévio com a sociedade ou realização de audiência pública para ouvir a importante opinião dos quixadaenses a respeito do assunto. Porém, o malvado projeto foi aprovado às pressas e a vontade do prefeito foi obedecida pelos vereadores da sua base aliada.
Outra prova de que Ilário Marques se rebela contra qualquer opinião contrária, é o fato de que o Ministério Público com atuação no Juizado Especial Cível e Criminal de Quixadá recomendou de forma bastante fundamentada que ele não realizasse a licitação de um carrão de luxo blindado, mas mesmo assim o prefeito fez questão de ser contra a opinião do promotor de justiça e realizou a licitação por um valor astronômico e já desfila pelas ruas da cidade no carrão luxuoso, blindado e bancado com o dinheiro do povo. Outra recomendação por escrito do Ministério Público, mas que foi, de plano, ignorada pelo petista foi para chamar os concursados para assumir as vagas estabelecidas no edital do concurso 001/2016. Neste caso, o alcaide não só foi contra a recomendação como ingressou na Justiça com uma ação contraria aos concursados e ao promotor. Comenta-se na cidade que a estratégia do prefeito em peitar promotores e a até a Justiça é justamente para exibir um poder absoluto e livre de qualquer tipo controle e para intimidar qualquer um que deseja criticar ou denunciar o desmantelo administrativo encoberto por uma “gestão de aparências” ou “gestão quimera”.
Isso tudo é gravíssimo, pois ao se intitular rei ou, mais que isso, o prefeito despreza até mesmo a opinião e as decisões do Ministério Público e do Poder Judiciário que são importantes instituições de controle dos atos ilegais e abusivos cometidos pelo Poder Executivo. Para completar, todo político que se considera rei trata logo de ter por perto os “bobos da corte” que são aqueles bancados com o recurso público unicamente para idolatrar o suposto soberano, para ajudar a fingir que está tudo bem e para atacar e difamar todos, principalmente em redes sociais, que questionam os desmandos administrativos, isso quando o próprio “falso monarca” não persegue pessoalmente com a poderosa canetada da prefeitura de Quixadá.
Resta, portanto, ao povo denunciar cada abuso e desmando cometido por essa gestão. Afinal de contas, o prefeito não é rei e, consequentemente, não está acima da lei e não pode dilapidar o suado dinheiro vindo dos caríssimos impostos com as suas conveniências pessoais.
Por Herley Nunes
Email: monolitosquixada@gmail.com
Votem nele de novo. Já sabiam quem era ele e votaram porque quiseram. Agora aguente calados. Principalmente os de votos comprados. Ilário tá fazendo nada além do que sempre fez. Bobo da corte é quem o elegeu.
Gente nunca tinha visto addjetivos tão concretos e cabiveis a esse algoz e tirano, tiro o chapeu para o redator dessa materia.
Então continuem a citar o nome do prefeito.
O aumento dos impostos foi exatamente pra cobrir o rombo que ele vai deixar na prefeitura com o carro blindado e os lanches com preços absurdos, ele se acha poderoso, mas ainda aceito na justiça e verei ela se cumprir!! Deus vai nos ajudar e esse corrupto vai sai da prefeitura!!