EXCLUSIVO: Fotos mostram que prefeitura de Quixadá utiliza matadouro interditado para o abate clandestino de animais

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Nesta quarta-feira (17) a Polícia Civil iniciou uma operação denominada de “Carne Podre”, que tem como objetivo combater a comercialização e o abate irregular de animais em Quixadá. O abate de animais de forma irregular é tipificado como crime ambiental de maus-tratos e a comercialização de produtos de origem animal sem o devido respeito à legislação sanitária pode caracterizar crime contra o consumidor e, além disso, coloca em risco a saúde das pessoas. Com o advento dessa operação veio à tona uma gravíssima denúncia contra a DEMASP, órgão da Prefeitura Municipal de Quixadá que é responsável pelo matadouro público e administrado pelo secretário Higo Carlos (PT).

A redação do Monólitos Post foi procurada por alguns magarefes denunciando que na atual gestão, a DEMASP estaria consentindo a matança de animais no Matadouro Público de Quixadá mesmo com o local interditado pela Justiça desde o início de agosto de 2016. As fotos acima mostram, de forma nítida, os animais dentro dos currais que ficam nas dependências do matadouro, ovinos e caprinos utilizando as baias do local, além do depósito de armazenamento de água do matadouro para utilização no abate. Eles alegam, ainda, que o secretário tinha pleno conhecimento da situação de irregularidade, pois mantinha a energia e a estrutura pública à disposição de quem quisesse realizar o abatimento clandestino de animais ou abatimento na “moita”, como é popularmente conhecido. Contudo ,os comerciantes afirmam que a situação ocorre desde a gestão anterior, do ex-prefeito interino Ci. 

Higo Carlos é o responsável pela DMASP

A situação é dramática e preocupante, tendo em vista que além de descumprir uma ordem judicial, o Poder Público está contribuindo para colocar em risco a saúde pública dos quixadaenses que podem ter consumido, durante todo esse tempo, carne imprópria para o consumo humano. Ainda conforme alguns magarefes, Higo Carlos sabia de tudo, mas nunca fez nada para impedir que tudo isso ocorresse, afinal de contas quem tem poder de gestão sobre o matadouro público é o prefeito e o secretário e não os magarefes.

Cabe lembrar que descumprir ordem judicial é crime punido com a perda do cargo, como determina o artigo 1º, inciso XIV, do Decreto-Lei nº 201/1967, bem como crime previsto no artigo 330 do Código Penal, acrescentando ainda que poderá responder por crime ambiental, já que o abate clandestino de animais representa riscos a população, pela ingestão de alimentos de qualidade sanitária suspeita, além de gerar a contaminação do meio ambiente.

Os magarefes que compareceram a nossa redação afirmaram que levarão as provas e mais testemunhas dos supostos crimes ao Ministério Público para que sejam adotadas todas as providências cabíveis.




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