A atual gestão municipal de Quixadá vai escrevendo a sua história dia após dia, mas como uma das piores. Sempre que algo inusitado acontece, logo se imagina que os absurdos não irão se repetir. Porém, o prefeito Ilário Marques (PT), tem se destacado por surpreender a população com medidas administrativas negativas. Com pouco mais de um ano e três de gestão é visível o alto grau de insatisfação e de decepção das pessoas com um governo que além de fraco e perseguidor, desafia a lei e as ordens da Justiça.
Com o caos administrativo instalado na prefeitura, toda a população é atingida com os reflexos nocivos causados pela mera incompetência. Uma das categorias mais afetadas pela incapacidade política e administrativa é a dos professores, pois nesta quarta-feira (18) os professores denunciaram que o prefeito ignorou uma reunião com a categoria e o sindicato dos servidores públicos, cuja finalidade seria para tratar sobre o reajuste dos profissionais do magistério. Uma professora utilizou a rede social para denunciar que “prefeito não atende Sindicato mas manda seus representantes que foi mesmo que nada, nem uma proposta foi dada. Brincadeira!!! Nem um pingo de respeito com os professores!! Não tem nada de Justa e Inteligente essa Gestão!”
Qualquer governante que coloca em prática a justiça e a inteligência, primeiramente prioriza a educação e valoriza e respeita os educadores. Em Quixadá, pasmem, está ocorrendo justamente o contrário, primeiro porque os professores efetivos estão com seus vencimentos desatualizados e até a presente data não há previsão do reajuste; segundo porque os concursados estão aguardando há um ano e três meses e nada de serem chamados e terceiro porque os professores temporários receberam de presente do prefeito um impiedoso golpe cortando em quase cinquenta por cento a remuneração mensal de cada docente.
É normal o FUNDEB repassar os recursos fielmente para os cofres da prefeitura e o prefeito negar o aumento anual que é previsto em Lei Federal? É normal um educador ser aprovado em um concurso público e não ser chamado mesmo existindo as vagas? É normal um professor trabalhar honestamente cumprindo sua carga horária para educar e ser “premiado” com a redução de salário pela metade, quando todos sabem que a Lei do FUNDEB determina que nenhum profissional do magistério deverá receber menos do que o piso nacional? Na verdade, tudo isso não é apenas anormal; é injusto, é golpe na inteligência e são absurdos que não se viam em gestões de outros prefeitos.
Resta saber o que o sindicato dos servidores irá fazer diante de tantos desmandos. Por que não denuncia o caso ao Ministério Público, já que a Lei do FUNDEB está sendo desobedecida com relação aos concursados e aos temporários? Por que não denuncia na Procap? Por que não aciona a Justiça para pedir o bloqueio de contas dos recursos destinados a educação a fim de que o aumento legal seja garantido e que o dinheiro retirado ilegalmente dos temporários seja ressarcido e regularizado? Por que não protesta com faixas, cartazes, apitos e equipamentos de som como já fez antes? Por que não protocola o pedido de impeachment do prefeito na Câmara de Vereadores? São perguntas que muitos professores de Quixadá até já sabem das respostas, mas exigem explicações e providências, urgentes! Afinal, Cadê o dinheiro do FUNDEB que estava aqui?
Reajuste dos professores
No dia 28 de dezembro de 2017 o Ministério da Educação publicou portaria com aumento de 6,81% para o piso salarial dos professores para 2018. Com isso, o piso nacional do magistério tem um ganho real de 3,90% e um salário de R$ 2.455,35, para jornada de 40 horas semanais. O reajuste segue os termos do art. 5º da Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008, que estabelece a atualização anual do piso nacional do magistério, sempre a partir de janeiro.
Outras prefeituras já reajustaram
Várias prefeituras da região já realizaram o reajuste anunciado pelo MEC, em Mombaça, por exemplo, no mês de fevereiro o prefeito Ecildo Filho, além do reajuste, concedeu acréscimo de 2,5% referente a valorização do Plano de Cargos e Carreira do Magistério. Com esses 2,5%, em cima dos 6,81%, na soma final chegou a 9,48% de reajuste do magistério. O reajuste foi pago retroativo ao mês de janeiro.
Isso édisleal.