Presidente Estadual do PSL manda recado para vereadores de Quixadá que não votarem em Bolsonaro: “Eu peço o mandato deles”

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Vereadores do PSL de Jair Bolsonaro em Quixadá

As eleições de 2018 estão acirradas desde que alguns nomes figuravam como possíveis candidatos a Presidência da República, ainda no ano passado. Nas redes sociais, simpatizantes das candidaturas de Jair Bolsonaro (PSL) e do inelegível candidato petista, Lula, têm se digladiado. Cada grupo defendendo seu candidato e criticando o adversário. Enquanto isso, nos bastidores político dos municípios, apoiadores com cargos eletivos, como vereadores e prefeitos, tratam de consolidar apoios aos seus candidatos a uma das duas casas legislativas, ao governo do estado e a chefia do Executivo federal.

Em Quixadá, um fato curioso em relação à postura dos vereadores do Partido Social Liberal (PSL), legenda que aposta em Jair Bolsonaro para ocupar a principal cadeira do Palácio do Planalto, pode fazer com que a o partido solicite junto aos tribunais eleitorais os cargos de seus edis. É que Guto da Glaudisel, Darlan Piaba, Neto do Custódio e Gessyca Severo são da base aliada do prefeito Ilário Marques, que orienta os aliados a fazer campanha para o candidato petista para presidente.

O comandante da sigla no Ceará, o empresário Heitor Freire, demonstra antipatia à relação dos quatro vereadores com Marques por estar em desacordo com a ideologia partidária da legenda, que é conservadora e de direita, uma vez que o chefe do Executivo local é o principal líder da esquerda no município. “Se eu souber, e tiver provas que estão pedindo votos para outro candidato a Presidência, eu peço o mandato deles imediato”, mandou o recado, o empresário, para os vereadores do PSL que não apoiarem Bolsonaro.

A preocupação de Freire acontece porque no processo de escolha de um nome para ocupar umas das vagas nas eleições deste ano, alguns vereadores e prefeitos deixam a fidelidade partidária de lado e pedem voto por interesses pessoais, visando, inclusive, um possível apoio no pleito seguinte, deixando de lado o que prega o partido e o papel de ser a “voz” de seus representados. Ao não cumprir as diretrizes do seu partido, o político fere a Lei 9.096 de 1995, podendo, inclusive perder o cargo de acordo com o que reza o capítulo V do dispositivo.

Procurado pela redação do Monólitos Post, o vereador Darlan Piaba informou que ainda está em dúvida em que votar para a vaga de presidente. Sobre a orientação do partido o parlamentar informou que “Eu nem sei em que partido estou, não estou sabendo disso”, falou.

O vice-presidente do diretório municipal, Kristian Páscoa, ficou surpreso com a declaração de Piaba uma vez que teve uma conversa informal com os vereadores para tratar das resoluções da legenda e das orientações vindas dos diretórios estadual e nacional. “Sobre o Darlan é uma pena, porque ele como vereador sabe que o mandato pertence ao partido. Em 2016 o PSL já estava em acordo com o Livres, um grupo liberal e quando Câmara Municipal quis votar a questão do título de cidadão quixadaense para o Lula o presidente do PSL à época, Rodrigo Marinho, orientou a banca a não votar e a não fazer coligação e nem apoiar partidos de esquerda, principalmente o PT. Nós que assumimos o partido somos orientados a cumprir o que diz o estatuto, até porque é bom para o PSL ter quatro vereadores”, disse.

Em relação à fidelidade dos edis, Páscoa garante que irá conversa com cada um dos quatros e orientá-los a seguir o que prega a agremiação, inclusive os aconselhando a votar em projetos que beneficie à população. “Nós queremos a parceria com eles, até porque podemos, no futuro, presidir a Câmara Municipal, já que temos uma bancada de quatro vereadores, mas que infelizmente estão ao lado do prefeito e não sabemos o porque. Na campanha, metade deles estavam do outro lado e antes mesmo do prefeito assumir já estavam com ele. Hoje o estatuto do partido é bem claro em relação a fidelidade e a orientação nas votações. Essa onda dos vereadores votarem contra o povo será um dever nosso combater. Nós não queremos conflito, queremos apenas que o estatuto do partido seja cumprindo”, finalizou.

A redação do Monólitos Post entrou em contato com os demais vereadores, entretanto o celular de Neto do Custódio estava fora de área ou desligado e ao ligar para Guto da Glaudisel, cai em uma mensagem de número inexistente. Já a vereadora Gessyca Severo foi contatada e pediu para retornamos depois, mas os retornos não foram atendidos.




Comentários

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  1. “Não sei em que partido estou”….que conversinha mais “paia”.

  2. Já tem vereador “ABIROBADO”; e ainda nem começou a campanha ! Daqui pra eleição vão encontrar seu rumo…

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