Opinião: Em Quixadá, os péssimos exemplos precisam ser superados

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Quixadá estagnou. Precisamos evoluir, não falo apenas da política partidária local, o município precisa sair de onde está para se organizar e ai sim, falar em desenvolvimento. Como estão as ruas? O que cada morador tem feito para viver em um ambiente agradável? E o poder público onde está?

Se formos falar em mercado de trabalho, de acordo com o IBGE, apenas 8.8% da população quixadaense tem ocupação, muito pouco para um município que já foi o 10º maior do estado. Há ainda um detalhe: Parte dos que trabalham não recebem nem dois salários mínimos. É aí que muitos buscam a informalidade, cruelmente marcada por dificuldades e perseguições. Exemplo disso é a forma como o poder público trata os ambulantes da cidade. O prefeito Ilário Marques( PT) mesmo após passar três meses afastado pela justiça, ao retomar o poder, continua perseguindo os trabalhadores da Terra dos Monólitos. O Monólitos Post, no último dia 4, veiculou matéria onde um verdureiro foi perseguido por fiscais da prefeitura municipal.

O Executivo local ainda não entendeu que os trabalhadores do comércio informal buscam, nesse tipo de trabalho, driblar a crise, o que ajuda ao município a se recuperar da própria crise institucional, moral e financeira. O que os verdureiros têm feito é evitado o que muitos parecem estar fazendo: Estagnar.

Os munícipes precisam participar e sobretudo promover ações que nos levem a refletir. Os péssimos exemplos nós já temos. Nos últimos dois anos foram dois prefeitos afastados e recentemente os rastros da corrupção, pelo menos velada, atingiu o poder Legislativo.

É inadmissível que fiquemos calados e ainda possamos ser enganados novamente. Não se pode dar crédito a quem já provou que trata o poder público com irresponsabilidade e como se fosse seu. Precisamos refletir. Um outro exemplo pode nos ajudar a mostrar que mudar é preciso e que essa mudança ajudará a todos. Nos últimos 20 anos qual grande empreendimento foi implantando no município? Não há. A culpa é da política? Não apenas, é nossa que teimamos em errar, em cair na lábia de quem já esteve e ainda permanece no poder.

As pessoas precisam ser humildes e reconhecer que alguns passos para trás foram dados. Lembram que foi de Quixadá, a partir de uma ideia deputado Odorico Monteiro, que um projeto chegou a todo estado e também a todo país, o Programa Saúde da Família (PSF)? Agora, anos depois do PSF ser implantado, a Saúde da Terra dos Monólitos está na UTI.

Novamente, em matéria veiculada pelo Monólitos Post, no domingo (9), é possível ver como atual gestão tem tratado a Saúde. intitulada de “Saúde na UTI: Em vídeo, filho de paciente denuncia falta de insumos básicos no hospital de Quixadá”, a reportagem mostra um vídeo publicado por Gebson Maciel em seu perfil no Facebook, onde ele faz um desabafo e ao mesmo tempo uma denúncia, revelando que a saúde do município é um caos. O internauta precisou comprar o material para que sua mãe seja atendida. Uma realidade cruel!

Quixadá tem, também de acordo com o IBGE, 32 estabelecimentos que atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Fica a pergunta: Se o principal está assim, abandonado, como estarão os demais? Com os exemplos citados, é fácil perceber que quando se fala de crise institucional, fala-se a verdade de que os quixadaenses vivem dias que serão difíceis de esquecer. É preciso reconstruir o município e depois pensar em retomarmos o caminho do desenvolvimento.


Por: Herley Nunes
Email: monolitosquixada@gmail.com




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