Farra dos caixões: Prefeito de Quixadá pretende aumentar em 15 vezes o valor gasto com caixões

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A população de Quixadá, no Sertão Central, foi pega de surpresa quando descobriu que a prefeitura do município concluiu, recentemente, um processo licitatório para a compra de caixões. Em uma medida à Odorico Paraguassu, aquele prefeito da fictícia cidade de Sucupira, da novela “O Bem Amado”, cuja principal meta de governo era conseguir inaugurar o cemitério municipal, o prefeito Ilário Marques (PT) pretende gastar mais de meio milhão de reais para compra de caixões. A ação virou motivo de piada entre os quixadaenses, pois para concluir toda compra seria necessário que, durante um ano, todo dia morresse mais de uma pessoa na Terra dos Monólitos. O caso foi alvo de uma matéria da TV Monólitos.

O que causa estranheza é o fato de que em 2017, primeiro ano da atual gestão, o gasto com esse tipo de serviço foi de R$ 12.188,00 (doze mil, cento e oitenta e oito reais). Já no ano passado, os quixadaenses pagaram R$ 37.614,46 (trinta e sete mil, seiscentos e quatorze reais e quarenta e seis centavos), já sendo considerado um valor elevado de um ano para outro, visto que o gasto triplicou. Não contente com os valores, agora a gestão petista, resolveu se aproveitar dos menos favorecidos, das pessoas mais carentes, e lançou uma licitação com valor superior a meio milhão de reais. O que de tão grave aconteceu em Quixadá que levou o Executivo a aumentar em quase quinze vezes a previsão de gasto com caixões?

Outro fato interessante é que os órgãos de segurança mostraram uma queda significativa nos homicídios nos cinco primeiros meses deste ano. Portanto, o provável aumento das mortes na Terra dos Monólitos não deverá estar ligada a violência. Afinal por qual motivo a administração municipal pretende aumentar em quase 15 vezes a previsão de gastos com caixões?

O sentimento da população é que a ineficiência da gestão e o descaso com os vários serviços públicos, que deveriam ser oferecidos pela prefeitura, é o que tem feito com que a administração municipal tome esse tipo de atitude, ou seja, preferem investir em uma “futura morte” do que no hospital Eudásio Barroso, que está totalmente sucateado, em atendimentos e medicamentos que abasteceriam os postos de saúde, e também, a UPA. Constantemente a população se manifesta nas redes sociais e nos veículos de comunicação revoltados com a falta de papel de receituário, ataduras, e insumos básicos de maneira geral.

Na matéria realizada pela TV Monólitos sobre a “Farra dos Caixões”, os quixadaenses deixaram claro que não são contra a doação das urnas funerárias para as pessoas carentes, os entrevistados demonstraram espanto pelo valor que a gestão petista pretende “investir” nas suas mortes. Os munícipes ficaram perplexos com a atitude de um governo que deveria valorizar as pessoas, mas na prática procura explorar a pobreza.

Assista a reportagem da TV Monólitos




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