Novamente, a Prefeitura de Quixadá se aproveita das pessoas mais carentes. Isto porque, quase R$ 600 mil serão desembolsados com quem já foi e cerca de R$ 250 mil serão usados com quem vai vir. Esse dramalhão humorístico quixadaense tem a assinatura de Airton Buriti, secretário de desenvolvimento social da Prefeitura de Quixadá.
O enredo dessa película da vida real acontece porque há pouco tempo, o Executivo local previa a morte dos quixadaenses, pretendendo investir quase R$ 600 mil em caixões. Agora, querem tirar dos cofres públicos quase R$250 mil para comprar roupas para pessoas sem condições financeiras e que ainda não nasceram, ou seja, mais um processo licitatório questionável e revelador, porque a própria gestão, comandada por Ilário Marques (PT), admite que as políticas públicas das três primeiras administrações do petista não geraram resultados satisfatórios, as estatísticas, tendo ao lado o número de pessoas que poderão ser beneficiadas com a licitação mostra que a gestão admite que Marques e o PT não acabaram, aliás ficaram longe de acabar com a pobreza no município.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010 a 2018, a população quixadaense aumentou cerca de 7 mil habitantes, o que em média, daria 875 habitantes a mais, a cada ano, incluindo nascidos e pessoas que passaram a morar no município. Já a Prefeitura de Quixadá, prevê que irão nascer, em um ano, 360 quixadaenses. Isso quer dizer, para administração local, levando em consideração a média de crescimento da população nos últimos oito anos, que 45% da população é considerada pobre.
Os quixadaenses não criticam o fato do poder público ajudar as pessoas mais carentes, mas sim o modo como a Prefeitura realiza processos licitatórios. Qual parâmetro usado para se prever nascimentos e mortes? As duas licitações juntas chegam a mais de R$ 800 mil, que poderiam ser usados em ações que de fato e visivelmente são necessárias, como aquisição de material para simples consultas médicas, insumos básicos, recuperação de vias, reformas em escolas e hospitais, por exemplo.
A previsão de gastos que poderão não existir, mostra a desorganização administrativa local. O sentimento dos quixadaenses é de que o município não evolui, sobretudo quando se é feito a comparação com outros municípios do Sertão Central, que têm investido em politicas públicas que alcançam bons resultados. Choró, por exemplo, obteve duas escolas nota 10. Quixadá, a maior cidade da região, está entre as piores Educação do estado.
Veja abaixo os valores da licitação informados pela prefeitura de Quixadá ao Portal da Transparência.