A sessão da Câmara Municipal de Quixadá desta quarta-feira (25) foi encerrada porque a vereadora Rosa Buriti, a pedido do prefeito Ilário Marques (PT), solicitou que fosse retirado de pauta o projeto de nº 39/2019, enviado pelo Poder Executivo e que tem por objetivo extinguir o auxilio financeiro pago pela Prefeitura aos integrantes da Banda de Música do município.
Após os vereadores de oposição se posicionarem contra o projeto e alguns da base aliada ficaram, também, ao lado dos músicos da Banda de Música, Rosa Buriti não votou e solicitou, em nome da gestão, que a votação fosse retirada de pauta, pois o prefeito sairia derrotado não apenas na votação do projeto da banda, mas também de outros projetos que seriam colocados para votação. O presidente interino da Câmara, Denis Dutra, correlegionário da vereadora e do prefeito, acatou a decisão, frustrando o desejo dos integrantes do grupo musical que torciam pela não aprovação da lei que os prejudicam ainda mais.
Desde que o projeto foi enviado para o Legislativo, o petista tenta a todo custo aprovar a extinção da bolsa. Mas, os músicos são contra a aprovação da lei porque entendem que o prefeito não enviará um outro projeto regularizando a bolsa no valor de meio salário mínimo. Eles estranham o fato da Prefeitura de Quixadá, na atual gestão, ter reduzido o valor da bolsa para R$ 400,00 (Quatrocentos reais) e só agora querer regularizar algo que o próprio alcaide reduziu descumprindo a Lei Municipal 1.465 de 21 de agosto de 1992, que em seu segundo artigo garante que “o bolsista terá, como forma de estímulo, uma ajuda mensal da ordem de meio salário mínimo nacional”. Atualmente, o Executivo deveria está pagando R$ 499,00 (Quatrocentos e noventa e nove reais) aos integrantes da banda.
O vereador Cabo Marlim está ao lado dos músicos e se posiciona contra a aprovação do projeto, pois, assim como os jovens, ele têm medo que os bolsistas fiquem sem a ajuda de custo paga pela Prefeitura. O parlamentar defende a permanência da bolsa e o pagamento da diferença do valor referente ao tempo de redução. “Esse projeto é para regularizar a ilegalidade que ele vem cumprindo. No meu modo de ver, o prefeito tem que pagar a diferença desses anos aos alunos da banda. Com a aprovação deste projeto ele pode pagar até menos que os R$ 400,00. Ele deve pagar pelo menos uns R$ 2.400,00 a cada aluno pelos anos referentes a redução”, comentou Marlim.
Além dos projeto de nº 39/2019, Rosa Buriti solicitou, também, a retirada dos projetos 40,41 e 42/2019, o que fez com que a sessão fosse encerrada pela Presidência da Mesa Diretora da Casa.
