A Prefeitura Municipal de Quixadá tem realizado uma farra com dinheiro público. Agora, é a vez da Comunicação da gestão que realizou licitação para contratar emissoras de rádio, uma até fora do município, serviços que custarão quase R$ 400.000,00 (Quatrocentos mil) aos contribuintes.
Em meio a esses gastos, o Monólitos Post, teve acesso, com exclusividade, a um documento do Poder Judiciário que mostra que o diretor de Comunicação da gestão do petista Ilário Marques, Ítalo Beethoven, teve seu telefone interceptado em circunstâncias das investigações das operações “Fiel” da Balança” e “Casa de Palha”, ações que levaram ao afastamento do atual prefeito, em agosto de 2018, suspeito de receber propina da empresa que realiza o serviço de coleta de lixo e a prisão do presidente da Câmara Municipal, Ivan Construções (PT), bem como do genro de Ilário Marques, em abril de 2019. Essas operações, consideradas as maiores de combate à corrupção e fraudes em licitações, podem ainda desencadear em novas ações do Ministério Público do Estado do Ceará na Terra dos Monólitos.
As duas operações, deflagradas em 2018 e 2019, estão criando ramificações que atingem vários nomes de servidores e os ocupantes dos cargos de primeiro escalão da atual gestão do município. Em relação a Ítalo Beethoven, o órgão investiga a existência de uma possível rede de blogs, perfis falsos e de servidores temporários, que utilizam a internet e as redes sociais para denegrir a imagem de pessoas que criticam a gestão, isso tudo mantido com o dinheiro dos impostos dos quixadaenses.
De acordo com o Juiz da 3ª Vara da Comarca de Quixadá, Dr. Adriano Ribeiro Furtado Barbosa, “… A partir da exposição fática apresentada pelo dirigente representante ministerial reputo demonstrada a imprescindibilidade da prorrogação das diligências, bem como a inclusão de novos terminais telefônicos para fins interceptação, mormente porque as condutas dos investigados envolvem crimes bastante graves, dentre eles delitos licitatórios e contra a administração pública”.
Assim como outros integrantes da atual gestão municipal, essa não é a primeira vez que Ítalo Beethoven tem problemas com a justiça. Em 2011, ele foi acusado pela direção da União Musical Alternativa do Sertão Central – Unimasc, de estelionato. Segundo uma das dirigentes, Beethoven teria dado um calote de quase R$ 40 mil prejudicando o funcionamento da instituição.
Agora, a licitação de quase R$ 400 mil para a comunicação poderia ser utilizada em serviços de maiores impactos para a população como insumos básicos para a saúde, investimento em educação, na infraestrutura, ou em diversas outras áreas em que o poder público é ineficiente.
Espero que um dia a justiça aja.