Prefeitura de Quixadá confirma, em nota, que utilizou produto vencido e colocou em risco à saúde da população

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Na última sexta-feira (19) o Monólitos Post publicou uma reportagem mostrando que os agantes de endemias estavam utilizando um produto vencido que poderia causar dano à saúde da população. Segundo a reportagem, o inseticida da marca “Piriproxifem” é inserido em recipientes nos quais os quixadaenses armazenam água para impedir que as larvas se tornem mosquito Aedes aegypt. O larvicida já venceu desde o mês de dezembro do ano passado, ou seja, o veneno, que continuou em uso, ultrapassou a data de vencimento há seis meses.

De acordo com a nota da Prefeitura de Quixadá:

Sobre a matéria com o título: Prefeitura de Quixadá utiliza produto vencido e coloca em risco à saúde da população

É preciso esclarecer que:

• O larvicida da marca Piriproxifem é de distribuição exclusiva do Ministério da Saúde, e que o próprio Ministério da Saúde é quem determina as regras de uso por meio de nota técnica. Neste sentido o município não descumpriu nenhuma recomendação técnica. Reforça-se: É prática do Ministério da Saúde, emitir notas técnicas orientando o reaprazamento de uso dos produtos em até um ano.

• Desde o mês de fevereiro de 2020 o setor de endemias do município de Quixadá não estava usando o produto demonstrado na referida matéria.

• Dentro da rotina institucional padrão do Ministério da Saúde, um novo lote de larvicida está para ser utilizado a partir da próxima semana.

Portanto, na postagem, a gestão assume que até fevereiro utilizava o produto mesmo vencido desde dezembro. Contudo, as denúncias recebidas pela reportagem mostram que até o mês de junho os agentes de endemias ainda utilizavam o inseticida.

Porém, na nota, além de confirmar que utiliza produtos vencidos, a gestão tenta culpar o Ministério da Saúde e a imprensa pelo descaso com a Saúde dos quixadaenses.

Importante ressaltar que, no início do ano, o Ministério da Saúde solicitou estudos para tentar reaproveitar o inseticidas vencidos em meio ao avanço da dengue no Brasil. Depois dos testes, determinou que não estenderia mais o prazo de validade, pois foram encontrados problemas. Segundo estudos técnicos de controle de pragas, os inseticidas perdem rapidamente a sua eficiência depois do prazo de vencimento.




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