Em seu relatório conclusivo, “CPI da Saúde” poderá pedir prisão para envolvidos em escândalos

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A apresentação do relatório com as conclusões da investigação feita nos últimos três meses pela CPI da Saúde, em Quixadá,  está programada para ser feita ainda durante esta semana. O prazo para conclusão dos trabalhos era de noventa dias e já está esgotado. É grande a expectativa em torno do documento, que tem a vereadora Ivana Magalhães como relatora.

Não é segredo que a comissão chegou à conclusão de que crimes graves aconteceram no âmbito da administração da saúde no município de Quixadá. De fato, especula-se que em seu relatório conclusivo, a CPI sugira a prisão de algumas pessoas diretamente envolvidas em escândalos. Fontes consultadas pelo Monólitos Post, porém, indicaram que uma sugestão de tal natureza seria difícil, mas não impossível.

Embora os parlamentares tenham deixado passar assuntos de extrema relevância, tais como o incêndio no prédio da antiga secretaria de saúde, ocorrido no último mês da gestão do ex-prefeito Rômulo Carneiro, existem indícios de que os investigadores estão decididos a não deixar que a CPI termine em pizza. Eles sabem que o futuro político de cada um deles depende muito dos resultados que apresentarão à população que, por sua vez, não admitirá um resultado simplório.

As explicações do ex-prefeito Ilário Marques para o caso das colunas do hospital Eudásio Barroso, por exemplo, não foram consideradas satisfatórias, e integrantes da CPI já manifestaram o desejo de implicá-lo com nota de improbidade administrativa, prejudicando os planos políticos do petista para os próximos anos.

As conclusões do relatório final da CPI também trarão denúncias gravíssimas contra pessoas que estiveram ligadas diretamente ao atual prefeito do município, João Hudson Bezerra. A ex-secretária de saúde e sobrinha do prefeito, Lívia Mara Bezerra, será citada várias vezes no relatório da CPI e deverá enfrentar dificuldades. Outro que será citado é o marido de Lívia Mara, conhecido como Dênis Skin.

Estranhamente, porém, os integrantes da CPI não convocaram o atual prefeito para depôr. Dois membros da CPI são considerados vereadores de situação, e havia a preocupação de que eles blindassem o prefeito, o que ainda não é possível dizer que aconteceu. Concordemente, a população espera justificativas plausíveis para o fato de o prefeito não ter sido sequer ouvido pelos investigadores, afinal, boa parte da investigação focou o período em que Hudson já estava no cargo.

De qualquer forma, é quase unânime a opinião de que o relatório final da CPI cause um tremendo rebuliço na base de apoio ao prefeito, e de que o gestor sairá ainda mais enfraquecido politicamente.

Laércio Oliveira, Ivana Magalhães e Luiz do Hospital, parlamentares que compõem a CPI idealizada pelo então vereador e agora suplente, Tefa Gomes, pretendem entregar os resultados das investigações ao Ministério Público que, por sua vez, poderá denunciar as irregularidades ao poder judiciário.

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