Monólitos Post

De certa forma, os bastidores da política quixadaense amornaram de vez! O Prefeito e os vereadores só pensam naquilo: as eleições de outubro!

O corre-corre em busca de votos para os candidatos escolhidos é geral, e vai aumentar substancialmente nos próximos dias. Todo o resto parece ter passado para segundo plano.

No meio de toda a movimentação, aqui e acolá se pode escutar alguém falar acerca de uma provável ação contra o prefeito de Quixadá, João Hudson Bezerra, cujo município parece ter regredido administrativamente ao início do século XX. Sem exageros. Otaviano Benevides, Inácio Barreira Nanam e Luiz Lavour, prefeitos naqueles anos iniciais do século passado, se saíam muito bem em suas funções.

Cem anos depois, numa época tão moderna como a nossa, o que se vê em Quixadá? João e sua regressão administrativa, imposta impiedosamente sobre uma cidade que tem tudo para andar para a frente e que mais parece decidida a chegar lá: no início do século XX. Lá atrás.

A saúde está em estado deplorável. Sinto-me um pouco idiota em repetir isto outra vez: falta tudo! E o Ministério Público, guardião da legalidade,  já verificou a situação.  Em certos dias não há um único médico para atender um território com quase cem mil pessoas, sem contar as que pertencem aos municípios vizinhos e que desgraçadamente dependem desse “trambêi” administrativo que se instalou em Quixadá. Remédios básicos são artigo de luxo que precisam ser comprados por quem já paga impostos para tê-los garantidos em momentos de necessidade. Um capucho de gaze pra cobrir uma pereba inexiste. Tem que passar na farmácia e comprar antes.

Boa parte da imprensa local, que no princípio qualificava as “denúncias jaiminianas” de “terrorismo”, hoje está convencida da realidade e até já publica as desordens dessa bagunça que destrói a imagem da Terra dos Monólitos. Parabéns imprensa! Agora só falta convencer os vereadores.

Os senhores vereadores de Quixadá nunca antes na história deste fatigado município foram tão humilhados, ameninados e surrados! Diversas vezes foram feitos de bobos. Quando, depois de muita “pendenga”, conseguiram levar o chefe do executivo para se explicar em plenário, o que se viu foi um negócio mais feio que lapada de 7 x 1. (Placar miserável! Agora vai servir como força de expressão.) O prefeito não disse nada, não sabia de nada, e ficou por isso mesmo. Pronto. E tome requerimento.

Mas voltando aos bastidores da política, este editor tomou conhecimento de que há três peças já escritas e prontas para serem apresentadas à câmara municipal solicitando o afastamento do prefeito João. Mas o João é tão sortudo que as bichinhas permanecem engavetadas no armário da indisposição parlamentar. Há quem diga que, quando elas saírem de lá, serão assinadas pela quase totalidade da vereança, porque não haverá como sustentar o mandato do homem. Será? Por enquanto é só conversa e pouca ação.

Mas quem irá reclamar com os vereadores? Tadinhos, gente, eles estão ocupados com o período eleitoral. Vamos ser compreensíveis. Tenham dó. Afinal, não é tão humilhante assim ter que comprar na farmácia os remédios que a gente já pagou em impostos, e os buracos de metro em metro nas vias públicas, junto com as trocentas mil tartarugas espalhadas, até que tem sua utilidade. A gente anda devagar obrigatoriamente e, assim, evitamos acidentes. Os atrasos salarias são outra bobagem. Vamos deixar os vereadores em paz. Somos brasileiros, a gente se acostuma com coisa ruim, não é? Deixa o pessoal fazer campanha, depois eles voltam aos tópicos que salvam a população. Isso é normal. (#SQN)

Cassar ou afastar o Sr João Hudson Bezerra Rodrigues da prefeitura de Quixadá é algo difícil, com muitos interesses envolvidos, não necessariamente o seu, cidadão. Depois, o prefeito foi eleito democraticamente pela maioria da população que ele agora representa. O homem merece respeito. Eu, por exemplo, jamais apoiaria um pedido de afastamento descuidado e sem base. O mandato do Sr João pertence à democracia. Não se deve desfazê-lo de qualquer forma, nem mesmo por pressão da mídia ou da opinião popular. Mas, considerando tudo o que temos visto nesta era de atraso, não seria hora de começar a sair da conversa e partir para a ação? Estamos cansados de cavar o fundo do poço.

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