Pesquisa Sensus divulgada na noite desta quarta (20) pelo site da Confederação Nacional do Transporte (CNT), que encomendou o levantamento, indica a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, com 52,8% dos votos válidos e o candidato do PSDB, José Serra, com 47,2%. Os votos válidos excluem brancos, nulos e indecisos.
Pelo critério de votos totais (que incluem brancos, nulos e indecisos), Dilma tem 46,8% e Serra, 41,8%. Brancos e nulos são 4,1%, segundo o instituto Sensus. Os que não sabem em quem votar e os que não responderam somam 7,2%.
A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais para mais ou menos.
O instituto fez 2 mil entrevistas nos dias 18 e 19 de outubro em 136 municípios de 24 estados. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo 36.192/2010.
Sabemos que a senhorita Dilma Rousseff foi ministra-chefe da casa civil de 2005 a 2010. Sabemos também que acúmulo de cargos públicos é crime previsto no direito administrativo. Porém, segundo documento presente diretamente no portal da Petrobrás (Vá até a página de informações aos acionistas. Procure o link para as atas das assembléias e depois selecione a do dia 08 de abril de 2009, ou pelo link direto: clicando aqui) ela foi reeleita como presidente do conselho de administração da companhia, com mandato de 1 ano, recebendo uma boa grana do período de Abril de 2009 a Março de 2010, que coincide com o período do qual ela foi ministra-chefe.
E aí, apenas o passado da Dilma foi criminoso (e depois desconsiderado devido a anistia), ou o presente ainda é? Algum dos dois cargos não é considerado público? Algum motivo específico para não ser enquadrado na famosa lei? A petrobrás colocou o documento em seu site apenas pra difamar a candidata Dilma? Se for crime, não importa pois o PT é “criminoso mas faz”?
Britânica The Economist revela preferência por Serra
Depois de elogiar, por seguidos anos, as realizações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a revista britânica The Economist afirmou ontem, em editorial, que o tucano José Serra ‘seria um presidente melhor que Dilma Rousseff’, do PT. Na véspera, o diário Financial Times – também especializado em economia – avaliou que Serra seria mais recomendável porque o Brasil precisa controlar suas contas públicas e ele teria mais competência para isso.
Depois de relatar o clima da disputa eleitoral no Brasil – com o debate sobre religião e a virada final que levou ao segundo turno -, a Economist acredita que Dilma ‘talvez seja ainda a favorita’, mas Serra reagiu ‘e a eleição está em aberto’. ‘Ambos podem ser descritos como social-democratas. Ambos concordam nas linhas gerais da economia e das políticas sociais. Nenhum deles prenuncia um desastre para o Brasil. Isto posto, nas questões em que se diferenciam, Serra parece mais convincente.’
Para a revista, Dilma e o PT ‘defendem um maior papel do Estado na economia’ e os dois admitem ‘grande investimento público para grandes empresas, para criar líderes nacionais’. Pondera, também, que ‘é arriscado imaginá-los contendo os altos gastos de custeio (…) ou os altos impostos necessários para pagá-los’.
A Economist põe o dedo, em seguida, na ‘notável e incômoda tendência de Serra para manejar tudo’ – mas acrescenta que o tucano ‘avançaria mais rapidamente no corte de despesas e do déficit fiscal’ e teria mais sucesso em ‘mobilizar o investimento privado’ para financiar a infraestrutura. Dilma poderia fazer isso também, destaca a revista, ‘porém mais lentamente’. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.