Na semana passada realizamos uma matéria exclusiva sobre a construção de uma agroindústria para derivados de leite de cabra no município de Quixadá, sertão central do Ceará.
Segundo informações do Tribunal de Contas dos Municípios a prefeitura de Quixadá, na gestão do ex-prefeito Ilário Marques, teria construído no ano de 2.007 uma agroindústria para beneficiamento de leite de cabra.
Ainda de acordo com o TCM, o processo de licitação aconteceu no dia 28 de março de 2.007 às 14:30hs, o valor empenhado pela prefeitura, de acordo com o empenho de Nº 12040010 foi de R$ 114.805,64 (cento e quatorze mil oitocentos e cinco reais e sessenta e quatro centavos).
O suposto serviço foi pago em 04 pagamentos, que foram realizados em um espaço recorde de tempo, foi paga uma parcela em maio, junho, agosto e setembro do mesmo ano.
Nossa equipe de reportagem esteve no local indicado pelo tribunal, porém não foi encontrada nenhuma construção por parte da prefeitura.
Logo após a matéria ser divulgada houve várias discussões na câmara municipal, os vereadores de oposição comentaram a denúncia e criticaram duramente a gestão anterior e a atual.
Os vereadores da situação tentaram de todas as formas defender o ex-prefeito Ilário Marques, e seguindo a orientação do ex-gestor, informaram que a agroindústria teria sido construída na feira dos animais.
Os vereadores Pedro Baquit, Ci e Cesar Augusto estiveram hoje, dia 04, no referido local para verificarem se realmente estaria em funcionamento a agroindústria de derivados de leite de cabra que supostamente foi construída pelo ex-prefeito Ilário Marques.
Para surpresa da comitiva, o local que deveria estar funcionando a agroindústria foi construído um quartinho que serve para guardar lixo e restos de madeiras, como podemos observar na matéria da TV Monólitos.
Os vereadores estarão, novamente, nesta quarta-feira, dia 06, reunidos com os procuradores da Procap – Procuradoria dos Crimes contra a Administração Pública, onde irão denunciar mais esse empreendimento “invisível” da prefeitura de Quixadá.