A inexistência de juízes titulares tem acarretado gravíssimos problemas para a sociedade Quixadaense, que é obrigada a conviver com aqueles que com um aval de um juiz deveriam estar por trás das grades.
Muitos que praticaram delitos circulam pelas ruas da cidade livremente, porque não houve contra eles perseguição contínua da policia e, ou não, tiveram mandados de prisões expedidos pela justiça.
O que fazer diante dessa realidade?
Aguardar que os mesmos voltem a delinqüir e sejam pegos em flagrante ou efetivar juízes nas comarcas, hoje literalmente abandonadas. Abandonadas sim, por que não fosse à figura do juiz substituto a situação seria pior ainda.
É humanamente impossível um juiz substituto atender a demanda que lhe é imposta. Mais de 15 mil processos abarrotam o judiciário quixadaense. E, além disso, ainda tem que atender em municípios vizinhos.
O estado, através do judiciário, deveria acordar para essa realidade que aflige, e deixa o cidadão intranqüilo e desmoraliza as entidades de segurança.
É comum se ouvir do cidadão de bem que a policia não faz nada, não prende ninguém.
Apesar de discordar tem um dito popular que diz que a policia prende mais a justiça solta. Hoje em Quixadá o DITO popular esta sendo pensado diferente, a polícia prende, mais tem que soltar porque não tem juiz pra prender (assinar mandados).
É vexatório, e até humilhante, observar um delegado de polícia andar com mandados de prisão debaixo do braço procurando por um juiz para assiná-lo.
Recentemente o presidente da OAB seccional Quixadá, Dr. Gledson Alves do nascimento ventilou a possibilidade de paralisação do poder judiciário. Adiantou também que a defasagem de juízes no Ceara é mais de 150 magistrados. O que então fazer diante dessa realidade.