A situação da estiagem em Itapiúna não é diferente de outros municípios da região. Além da escassez de comida para os animais, as águas dos reservatórios tem o nível cada vez mais baixo.
Com o desequilíbrio climático, é cada vez mais comum, no interior do município, encontrar criadores transportando rações para saciar a fome do gado, que já está debilitado, na maioria das vezes comem apenas uma vez ao dia.
A ração para os animais está quase em extinção. Para o agricultor Antônio Machado, até o mandacaru, planta típica da região, está morrendo. ”Em todo período de estiagem, a primeira coisa que se faz é cortar o mandacaru. E isso tem enfraquecido a planta, que precisa de um determinado tempo para se refazer”, explicou. Ele disse ainda que, “se o fenômeno da seca se prolongar por muito tempo, poderão enfrentar sérios problemas em relação ao sustento dos animais”.
Com uma capacidade aproximada de 63.900.000 de metros cúbico de água, o Açude do Castro, popularmente conhecido como “Barragem”, está com seu acúmulo de água muito baixo cerca de 42% de sua capacidade. Mesmo com o nível baixo o açude só corre o risco de secar no ano que vem, segundo a Cogerh a maior preocupação são as comunidades rurais que se abastece dos pequenos açudes, para evitar um cenário desolador à companhia promete usar carros pipas com agua de rios e canais.
O agricultor Arlindo Pereira, hoje com 66 anos, lembra que há mais ou menos 30 anos, a chuva era melhor distribuída. “Quando chovia, geralmente chovia em todos os lugares, diferente de hoje, quando chove em alguns locais, outros não”. O agricultor acredita que a mudança no clima nos últimos anos se deva ao desmatamento. “As pessoas derrubam a mata e não plantam nenhuma árvore”, diz. Ele recorda que já houve enchentes e temporais, mas nunca comparados aos vistos na mídia nos últimos meses.
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