Agricultores do Sertão Central começam a receber o milho da CONAB

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Na manhã desta segunda-feira, dia 12, cerca de 1.104 agricultores familiares cadastrados no município de Quixeramobim, região centro do estado do Ceará, começaram a receber o milho do programa de convivência com a seca, implantados em parceria entre os governos federal, estadual, e municipal.

Em função de sua localização geográfica, Quixeramobim passou a contar com armazém da CONAB, aberto em regime emergencial nessa cidade, vinculado ao regional de Senador Pompeu, que atenderá pela ordem, conforme calendário, aos municípios de Quixeramobim, Choró, Banabuiú, Madalena, Quixadá e Ibaretama.

De acordo com Antônio Augusto Nascimento, servidor da CONAB responsável pelo atendimento, atualmente estão trabalhando cerca de quinze pessoas, sendo duas da CONAB, uma da Ematerce, dois cedidos pela Prefeitura de Quixeramobim, um cedido pela prefeitura de Quixadá, além da capatazia.

No armazém de Quixeramobim, possui cerca de209.485 Kgde milho e que a demanda para atendimento aos agricultores dos seis municípios é de 1.100 toneladas, o que corresponde à 118.333 sacas de milho. “A expectativa é de que esse milho que está vindo da cidade de Sorrisoem Mato Grosso, chegue o mais rápido para que possamos entregar ao agricultor”, disse Antônio Augusto.

A Ematerce, através do escritório regional de Quixeramobim, vem trabalhando desde o começo do ano na parceria, auxiliando tanto no cadastro dos agricultores, bem como na orientação e entrega dos boletos para os mesmos efetuarem o pagamento na agência do Banco do Brasil, do milho, que corresponde aos pequenos o valor de R$ 18,12 (Dezoito Reais e Doze Centavos) por saca de60 Kg.

A Ematerce colocou a disposição da CONAB o técnicoem agropecuária Francisco FerreiraBarroso, para auxiliar na operacionalização dos serviços. Inicialmente estão recebendo os agricultores familiares que tem direito de 1 à 10 sacos de milho, que totalizam 332. Numa segunda etapa, a partir do dia 22 de novembro, os demais serão convocados para receberem.

Com a estiagem prolongada os animais vem sofrendo com a falta de alimento. Para a maioria dos agricultores e pequenos criadores, já não existe mais nenhuma reserva alimentar para salvar o rebanho.

O agricultor Expedito Martins Barbosa, 61 anos, residente na fazenda Carnaúba dos Paulinos, distrito de Paus Brancos é um deles. Conta Expedito que a situação está muito difícil para quem vive no campo e que já não tem mais nada para alimentar suas nove cabeças de gado. “Já perdi uma vaca que estava amojada por conta da fome que campeia no sertão, e se não fosse essa ajuda do governo ia morrer tudo; esse milho que estou levando, será a salvação do restante dos animais, que por enquanto estão só andando e roendo o bagaço das capoeira, pois já comeram tudo que tinha”, afirma Expedito Barbosa.

 

 

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