Os professores das universidades estaduais do Ceará, em greve desde o dia 29 de outubro, foram recebidos pelo Governador Cid Gomes na noite da última segunda-feira (9). Foi a primeira vez que o governador aceitou conversar com o comando de greve formado por representantes da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Universidade Vale do Acaraú (UVA) e Universidade Regional do Cariri (Urca), sobre a pauta de reivindicações da categoria. São mais de 45 mil alunos e dois mil professores parados. Mesmo após a reunião, que o grupo reivindicava desde o início da greve, os professores decidiram permanecer com as atividades paralisadas.
Na reunião foram negociados cinco pontos de pauta, dos quais o governador aceitou três e colocou o fim da greve como condição para o cumprimento. A proposta do governo considera possíveis a regulamentação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos professores e a reformulação da tabela salarial dos servidores. Também propõe 10 milhões de reais para assistência estudantil em cada universidade estadual (UECE, UVA e URCA). Quanto à realização de concurso para professores, porém, nenhum compromisso foi assumido.
Em assembleia realizada na manhã da última terça-feira (10), os professores consideraram a proposta insuficiente e decidiram manter a greve. “Nós queremos que o governador Cid Gomes avance nas propostas com algo concreto tendo em vista a situação de extrema carência por que passam as universidades estaduais”, explica o professor Célio Coutinho, do comando de greve. Para pressionar o Governo do Estado a uma nova negociação, o movimento grevista programou para esta quinta-feira (12), uma manifestação na Assembleia Legislativa do Ceará.
Professores e servidores das universidades estaduais em greve também pretendem que uma frente parlamentar permanente seja formada em defesa das universidades estaduais, a fim de garantir que a emenda orçamentária que contemplará a cobertura de parte das despesas de 2014 seja votada.
EM QUIXADÁ
Elizonara Gomes (FOTO AO LADO), estudante da FECLESC, disse o seguinte ao Monólitos Post: “Enquanto o governador brinca de lego e constrói aquários, viadutos e centro de convenções, nós sofremos com a falta de infraestrutura básica e de professores na nossa universidade estadual. Por isso paramos!” Ela também fez questão de mencionar que uma das exigências dos grevistas quixadaenses é a devolução à universidade do espaço que atualmente é ocupado pelo CVT. A estudante afirma também que há uma grande necessidade de “colocar coletores de lixo nas imediações da FECLESC, pois a população joga lixo justamente no local onde os alunos de outras cidades esperam os ônibus. Outra necessidade é a drenagem da rua onde está localizada a Residencia Universitária.”
Na semana passada, a Câmara Municipal de Quixadá recebeu um grupo de alunos e professores da FECLESC e concordou em encaminhar ao Governador Cid Gomes um requerimento contendo demandas apresentadas pelos grevistas.
FOTOS:
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*Com informações do G1
Se for depender do Governo Municipal ou dos Vereadores a FECLESC JÁ TERIA FECHADO, isso mesmo FECHADO, desde o início do ano de 2013. Estamos juntos. Imagine, se a qualidade é o que mais nos importa, estamos bem, pois também temos quantidade.
Avante por um ensino superior público e de qualidade!!!
Ótima matéria, para esclarecer à População os motivos da Greve, tanto a nível estadual, quando municipal. Vale destacar que solicitamos o apoio do poder público local, junto ao governo estadual. Realizamos uma Assembleia na FECLESC, para tratar de assuntos relativos à greve, onde cinco vereadores compareceram e se comprometeram a assinar um documento com nossa pauta de greve para o Governador.