O Presidente da Câmara de vereadores de Quixadá, Pedro Baquit, mudou outra vez o seu discurso em relação a abertura das CPI’s. Em 2013, ao defender a gestão de João Hudson após as investidas do Ministério Público com as Operações Miragem, o vereador disse claramente, conforme se pode ver no vídeo a seguir, que assinaria sem problema algum qualquer pedido de CPI.
Não foi exatamente isto o que aconteceu. Quando a CPI da Saúde foi proposta pelo então vereador Tefa Gomes, Pedro Baquit foi o primeiro a colocar barreiras e condições para a instauração da investigação. Foi dele, por exemplo, a ideia de enfraquecer a eficiência e velocidade da CPI da Saúde sugerindo a ampliação do foco das investigações. Coincidentemente, trata-se da mesma estratégia utilizada pelo Governo Federal para enfraquecer a CPI da Petrobras.
A investigação de supostos abusos cometidos em gestões passadas certamente é necessária e, diga-se de passagem, o Ministério Público já iniciou investigações neste sentido. Porém, a estratégia da presidência da Câmara parece ser usar a base de apoio ao Prefeito para empurrar as investigações relacionadas com a gestão atual apenas para depois das eleições de outubro. Isto, certamente, não é sem motivo.
Recentemente, durante a crise que se abateu entre o grupo do prefeito e o grupo do Deputado Osmar Baquit, o presidente da Câmara mudou seu discurso e iniciou movimentos cujos resultados seriam o enfraquecimento da imagem da gestão atual. Neste diapasão foi que ele sugeriu uma grande audiência pública destinada a debater o ponto mais sensível da gestão de João Hudson, exatamente a área da saúde.
Porém, depois que o Deputado e o Prefeito demonstraram estar novamente unidos, o discurso do presidente da Câmara voltou a mudar e a estratégia que passou a ser adotada foi a de postergar, o máximo possível, a abertura das CPI’s. Neste contexto foi que o presidente da Câmara exigiu dos vereadores que apresentassem, por escrito, subsídios para a abertura das CPI’s, o que foi prontamente feito.
Agora, diante da impossibilidade de postergar ainda mais a abertura dos trabalhos de investigação, a estratégia da presidência da Casa Legislativa parece ser a de estabelecer uma linha cronológica para o funcionamento das comissões. Isto quer dizer que as investigações seriam iniciadas pelas gestões passadas e seguiriam, ano após ano, até alcançar a gestão atual. Caso esta estratégia seja aceita, investigações relacionadas com a gestão atual só deverão acontecer depois das eleições de outubro. Isto também não é sem motivos.
O grupo liderado pelo Deputado Osmar Baquit e o grupo do Prefeito João precisam sustentar publicamente a ideia de que estão unidos para o que der e vier. É o preço cobrado pela disputa eleitoral em curso. A necessidade dessa união, para os dois grupos, tem prazo de validade. Após as eleições de outubro as previsões são de novo rompimento público entre os dois grupos, o que deixaria a presidência da Câmara livre para mudar o discurso outra vez e voltar a se opor com firmeza à gestão de João Hudson.
Nesta semana, espera-se um discurso afinado de todos os vereadores no sentido de iniciar os trabalhos da CPI o mais rapidamente possível. Porém, não é possível dizer se a Câmara engolirá a estratégia de abordagem cronológica para a abertura das CPI’s. Também não é possível dizer até que ponto a população de Quixadá está disposta a perdoar tantas mudanças de discurso.
—///—
Esse Pedro Baquit é um sem expressão,mal educado.
Mas o poder não é para sempre,e que bom,esse rapaizinho ainda tem muito o que aprender para chegar a ser um político de verdade.
Mas indo ao que interessa,a CPI que seja instaurada,apurada e os culpados punidos.Vamos ficar acompanhando,mas não pensem que o povo é besta não,é muito duvidoso o interesse do senhor Pedro somente agora.