Crianças em Quixadá estão sem ir à escola há mais de um mês – Entenda o motivo

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O caos administrativo em Quixadá não é mais novidade, assim como não é mais novidade que a cada novo dia esse caos nos surpreenda com novas facetas de sua existência. Os absurdos recorrentes só podem ser classificados como “apagão de gestão”.

A Secretaria de Educação, sob o comando do técnico Antônio Martins, tem sido elogiada como exemplo para a inteira gestão do prefeito João Hudson. O que explica isto é aquele velho ditado: “Em terra de cego, quem tem um olho é rei”. de fato, qualquer coisa que funcione mais ou menos nesta gestão pode, sem dúvida, assumir ares de modelo a ser copiado; afinal, funcionar mais ou menos é preferível à situação atual da gestão como um todo.

Exemplo disto é o que tem acontecido com várias crianças que, pela incapacidade do município em lhes garantir o transporte escolar, estão sendo prejudicadas por não assistirem as aulas. Sofrem, em especial, aquelas crianças com alguma deficiência física que lhes comprometa a mobilidade.

No último domingo (11), uma dessas crianças causou certa comoção ao publicar em seu perfil no Facebook que está se sentindo desamparada pelo poder público. O Monólitos Post entrou em contato com a jovem que, a pedido dela, não será identificada aqui. Algumas pessoas que já compartilharam a postagem da garota saberão de quem estamos falando. Ela nos surpreendeu ao raciocinar que possui parentes trabalhando na prefeitura e ao dizer que teme que a exposição de seu nome possa prejudica-los, numa amostra grotesca de que até pré-adolescentes conseguem entender a realidade do uso partidarista e politiqueiro ao qual as administrações municipais tem submetido a máquina pública.

Em seu perfil no Facebook, a jovem postou o seguinte: “Eu quero alguma resposta, alguma solução. Não é porque o ônibus escolar está sem funcionar que eu tenha que ficar parada aqui, esperado pela boa vontade de alguns. Eu sei muito bem que a prefeitura de Quixadá tem a obrigação de enviar outro transporte escolar. Não estou aqui defendendo a bandeira A ou B. Sei que uma avaliaçãozinha ou um trabalho não vai me trazer vantagem nenhuma, e me mandar as atividades muito menos. Se eu já tenho dificuldades de entender algumas matérias perto dos professores, imaginem sem eles.” 

Ao conversar com o Monólitos Post, a jovem expressou preocupação de que a escola a passasse de ano, mesmo sem que ela tenha estudado o suficiente. Ela é portadora de deficiência e precisa do ônibus adaptado, pois não consegue caminhar até a escola onde estuda. Um ônibus adaptado foi entregue ano passado à prefeitura de Quixadá pelo Governo Federal, mas estaria parado a cerca de um mês por problemas mecânicos. Enquanto o problema não é resolvido, crianças como a jovem com quem conversamos continuam perdendo aulas, tendo seu direito ao acesso à educação violados sistematicamente, semana após semana.

Buscando solução imediata para o grave problema, algumas mães tem tentado conversar com as autoridades municipais, porém, sem êxito. A prefeitura não emitiu qualquer explicação sobre esta situação.

Qual será a solução mais eficaz para resolver esta demanda? Até quando o problema persistirá? Dará a Secretaria de Educação alguma explicação acerca disto? Defenderá o prefeito as nossas crianças e seu direito de ter acesso à escola? Será que é preciso uma atuação ainda mais incisiva do MP? Ou será que um bom bingo resolve?




Comentários

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  1. Querida Amanda não estou aqui defendendo o rapaz que falou sobre a APAPEQ, e se vc leu a mensagem, o mesmo falou que não tem nada contra, o grande problema levantado aqui é que minha filha está a mais de três semanas sem ir para a escola por falta de transporte realmente, e se vc é realmente bem informada como diz procure saber se APAPEQ não é uma instituição sem fins lucratórios mas que não pertence ao municipio, e realmente lá o microonibus faz a rota e fica sim a disposição da diretoria da APAPEQ, portanto cara Amanda a palavra aqui não é contra a instituição, e sim pela má administração dos serviços prestados por essa gestão. Mais uma vez senhores que se fique bem claro, nada contra a instituição APAPEQ, que aplaudo, e louvo a luta daquela diretora guerreira pelas dificuldades que ela enfrenta. Mas é apenas para se os gestores que aqui trabalham gerenciam melhior alguns serviços.

  2. A apapeq é um instituição e não tem um “DONO”. meu sobrinho que sofre de autismo e mora comigo esta mãos dos pessoal que trabalha la e é de normal ele ficar em casa por falta de transporte ,pelo motivo da prefeitura não disponibilizar gasolina ou por problemas tecnico no onibus , e você não imagina o quanto é pesado quebrar a rotina de um autista senão sabe procure se informar por favor. e pelo o que estou sabendo há uma verdadeira rincha pessoal do secretario atual com a Apapeq ,defendo essa instuição mesmo sem nunca ter ganhado um misero centavo e nem minha familia, eu como universitaria procuro sempre me informar antes de dar qualquer opinião. e não me escondo por nomes falsos para divulgar uma falsa informação.

  3. VOCÊS ESTÃO FICANDO SEM CREDIBILIDADE POR DIVULGAR TANTA MATÉRIA DISTORCIDA.

  4. Lembrando que escolas do município crianças estão sem ir para a aula por falta de transporte. Mas existe uma instituição particular onde o ônibus escolar faz a rota todos os dias e o mesmo ainda fica a disposição da diretora, que é a APAPEQ, nada contra a instituição, mas a mesma é particular, então como é que se deixa de atender as necessidades do município, para atender uma instituição particular? Isso sem se falar que todos os motoristas do transporte escolar de Quixadá estão trabalhando irregulares.Alô monolitos post, é só procurar qualquer motorista.

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