No gravíssimo acidente envolvendo um ônibus, cujo número oficial de mortes, até o fechamento desta matéria, era de 18, poderia ter tido um desfecho diferente: o uso do cinto de segurança poderia ter salvado muitas vidas.
O trabalho da perícia foi realizado pelos peritos Danúsio Alves e Renato Oliveira, que chegaram no local do acidente por volta das 9 horas de ontem.
Funcionário da Perícia Forense há 21 anos, Renato Oliveira, afirma que nunca viu situação semelhante ao acidente que vitimou pelo menos 18 passageiros ainda no local do acidente. “Em 1996 teve um acidente com oito mortos na CE-257, mas não se compara a este caso. Pessoas com membros decepados, só uma perna, um braço. Isso ocorreu porquê as pessoas foram jogadas e o coletivo arrastou as vítimas. Se todos estivessem sentados com o cinto de segurança o risco seria menor. A obrigatoriedade do cinto é do motorista e cobrador, mas é notável que as pessoas que viajam deveriam ser orientadas a usar o cinto”, ressaltou o perito.
O laudo que deve constatar a causa do acidente deve ser entregue em 15 dias. Quanto à questão de uma possível superlotação, o perito detalhou que uma lista com o nome de todos os passageiros, inclusive os que embarcaram no trajeto entre Boa Viagem e Madalena contabilizou 41 pessoas. Já o laudo cadavérico deve estar pronto em sete dias. Familiares estavam desesperados à procura dos parentes na Pefoce , mas as pessoas que não encontraram os desaparecidos em Boa Viagem devem se dirigir a Fortaleza para o reconhecimento das vítimas.
Sinistro repercutiu internacionalmente
O grave acidente foi destaque nas redes sociais durante todo o dia de ontem. O caso repercutiu na imprensa internacional. Jornais do Canadá, Nova Zelândia, Colômbia, Chile, Venezuela e Estados Unidos noticiaram a tragédia.
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*Informações e fotos: DN
Claro que foi notícia no exterior, lá as viagens de ônibus interestaduais e internacionais são muito controladas, treinamento intensivo para os motoristas, revezamento, além das pistas muito boas. É um absurdo o que acontece no Brasil, um absurdo !