Uma morte como a de Eduardo Campos é imprevisível. A legislação prevê o que fazer. As regras são claras. Estão na lei 7773, de oito de junho de 1989. Seguem abaixo:
“§ 3º. Em casos de morte, renúncia ou indeferimento de registro de candidato, o Partido ou Coligação deverá providenciar a sua substituição no prazo de até 10 (dez) dias, por decisão da maioria absoluta do órgão executivo de direção nacional do Partido a que pertenceu o substituído.
§ 4º. Se o Partido ou Colegiado, no prazo do parágrafo anterior, não fizer a substituição de candidato a Vice-Presidente, o candidato a Presidente poderá fazê-lo em 48 (quarenta e oito) horas, indicando membro filiado, no prazo legal, ao mesmo Partido Político do substituído.”
A candidata óbvia é Marina Silva. Tem votos. Tem mais votos que Campos jamais teve. É da Rede; basta indicar como vice um nome forte do PSB.
Só não será candidata por politicagens internas do PSB, que podem não querer rifar o partido para a Rede. Lembrando que o PSB está em alguns estados do país com o PT, em outros com o PSDB.
É impossível agora medir o impacto emocional que a morte de Campos terá sobre o eleitor. Ele ainda era nome pouco conhecido. Pode ser esquecido em dias. Ou pode virar um símbolo do novo, abatido ainda jovem, comover a nação, e impulsionar uma candidatura do PSB, ainda mais se for Marina.
É ilusão de ótica, porém. Campos não tinha nada de novidade. Era político de carreira e herdeiro político escolhido pelo avô, Miguel Arraes. Fez uma gestão muito ruim em Pernambuco.
A maior parte dos indicadores sociais de Pernambuco não subiu na gestão Campos. Diversos caíram. O estado caiu no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Ficou estagnado em expectativa de vida. Dos 23 estados brasileiros, Pernambuco está em 17º no Ideb, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Subiu somente um degrau desde 2005, um ano antes da eleição de Campos. No ensino médio se manteve em 17º, no período. O estado é o 8º com mais analfabetos. É o 16º em acesso a abastecimento de água, 19º em consultas médicas por habitante, e por aí vai.
A desculpa que é estado nordestino e pobre não justifica. Pernambuco teve performance pior que vários estados nordestinos. E foi dos estados que mais recebeu verba federal – recebeu mais de 2 mil obras do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC.
A performance de Eduardo Campos faz as gestões pedestres de Aécio Neves e Dilma Rousseff parecerem brilhantes. Minas e Brasil avançaram muito mais que Pernambuco. Aliás, a maioria dos vizinhos de Pernambuco no nordeste também avançaram muito mais. Campos conquistou a avaliação de governador mais bem avaliado do Brasil à custa de factóides e relações públicas, que não resistem à análise fria dos dados. Parece dura a constatação neste momento, mas é para esta avaliação sóbria que o jornalismo sério deve apontar.
Não obstante, seja qual for seu candidato, ou sua visão sobre Campos, é triste um homem jovem morrer assim, deixando cinco filhos. Mas o Brasil é maior do que qualquer pessoa. É função da imprensa analisar o que vem pela frente.
Sua morte muda completamente o cenário eleitoral. O lançamento de um novo candidato pelo PSB, possivelmente Marina Silva, zera todas as apostas.
È realmente triste a falta de informação de certas pessoas, Marina Silva tem aparência frágil é verdade, mas isso não quer dizer que ela seja doente, ou não possa cuidar do país . Vamos lá, Campos era um homem jovem , saudável,Robusto, cheio de vida e promissor tinha tudo a seu favor e olhem o que aconteceu…Portanto deixem de ser urubus de plantão e tratem de apoiar a única pessoa que poderá mudar o rumo do país.Pq com a Dilma será prosseguir com o sofrimento, com Aécio tbm já experimentamos toda sorte de arrochos e descasos.Mas Marina pode fazer diferente! Não nos apoiemos em pesquisas fajutas , eleitoreiras, pensemos que agora teremos a oportunidade de ter algo diferente e que Marina vai cumprir o que foi acordado com Campos.
Lendo as reportagens vejo que a Marina Silva é uma pessoa completamente sem saúde, o que não combina com a pesada carga de trabalho de um presidente. Portanto, o PSB deve optar por um candidato com melhores condições físicas.O Brasil é muito complexo para ser dirigido por um eventual presidente doente.
MUITO TRISTE MESMO VER UM PAI, UM MARIDO DEDICADO IR EMBORA TÃO JOVEM. Pois, agora o que se conta é a familia, que não tem mais sua presença no seio familiar. É inegável sua conduta como político, não o conhecia muito, mas, era alguém que surgiu acreditando e lutando para mudar esse sistema que está há e parece mais uma ditadura branca do que uma democracia. Chega de PT vs PSDB, não temos opção para votar. Não vejo mudança, não vejo futuro promissor nessas eleições, não que Eduardo fosse salvar a pátria o desmantelo já existe, e vai piorar, subirá combustiveis, impostos, energias e por aí vai 2015, 2016… Estamos desassistidos de políticos com caracteristicas estadistas, o que temos são politicos locais, estaduais, nacionais pensando no seu bem estar e da sua familia e dos amigos mais intimos.