Os dados da corrida eleitoral do Datafolha desta última terça-feira, 21, são quase idênticos aos da pesquisa da segunda, um dia antes. Em votos válidos, Dilma registrou 52%; Aécio Neves 48%. Empate técnico no limite máximo da margem de erro, de dois pontos.
Em votos totais, Dilma oscilou de 46% para 47%, Aécio manteve os 43%. Brancos e nulos foram de 5% para 6%; indecisos, de 6% para 4%.
Tanto a maioria dos eleitores da petista quanto a maioria dos adeptos do tucano apostam que seus respectivos candidatos irão vencer. Então, naturalmente, todos tendem a crer que o próximo presidente terá condições de promover melhorias. Entre os que votam em Dilma, 82% acham que ela será reeleita. No grupo dos que votam em Aécio, 78% acham que o vencedor será ele.
O descompasso com as perspectivas econômicas parece grande. Depois de entrar em recessão entre janeiro e junho, a economia teve leve recuperação em julho e agosto, mas nada que altere a previsão de que o PIB deve crescer perto de 0,3% neste ano.
Já a inflação, que havia perdido fôlego entre junho e agosto, voltou a acelerar em setembro, com aumento dos preços dos alimentos. O aumento do custo de vida superou o limite fixado pelo próprio governo e está em 6,75%.
Nos segmentos sociais, a pesquisa confirmou avanços de Dilma entre as mulheres (de 42% para 47% desde o dia 9), no grupo dos que recebem entre dois e cinco salários mínimos (de 39% para 45% desde o dia 15) e no Sudeste (de 34% para 40% desde o dia 9).
Também detectou um forte aumento do interesse pela disputa: 50% dizem ter “grande interesse” pela eleição (no fim de agosto, eram 39%).
Combinado com o acirramento da disputa, isso torna o último debate ainda mais importante. O encontro da TV Globo será na próxima sexta.
O Datafolha ouviu 4.355 eleitores.
*Fonte: Folha de São Paulo