O prazo final para os candidatos que disputaram as eleições de 2014 entregarem suas prestações de conta de campanha expirou na última terça-feira, 25.
Em relação às campanhas da Deputada Rachel Marques e do Deputado Osmar Baquit – que se apresentaram em Quixadá como “os candidatos da terra” -, as respectivas prestações de conta já foram entregues.
Segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), a candidata não eleita Rachel Marques (PT), obteve uma receita de R$ 499.150,19 (quatrocentos e noventa e nove mil, cento e cinquenta reais e dezenove centavos), e teve como maior doador o próprio diretório do Partidos dos Trabalhadores de Quixadá, apesar da sigla não possuir nenhuma sede ou estrutura significativa no município.
Ainda de acordo com o tribunal, a deputada Rachel gastou R$ 551.375,07 em sua campanha, deixando-a, portanto, com saldo devedor.
Já a campanha do deputado Osmar Baquit, que foi reeleito, foi bem mais modesta. De acordo com o TRE, foi arrecadada a quantia de R$ 256.742,04. A maior doadora foi a construtora Idibra. Segundo os dados da prestação de contas do próprio Deputado Osmar, os gastos efetuados por sua campanha foram de R$ 256.684,71. Não houve, assim, saldo devedor.
À parte do fato de que Rachel e Osmar já eram Deputados no início da campanha, dispondo de maior exposição pública, podemos concluir, especialmente em relação à campanha de Osmar Baquit, que não são necessários gastos milionários no Ceará para concorrer com êxito ao cargo de Deputado Estadual.
REFORMA POLÍTICA
A discutida reforma política no Brasil tem como um dos principais pontos de debate o financiamento das campanhas eleitorais. Uma das ideias discutidas é que o financiamento deve ser quase que totalmente público.
Este financiamento público significaria que todo o dinheiro investido em campanha seria público, obrigatoriamente. Se por um lado a ideia parece ofensiva ao bolso do contribuinte, por outro não parece algo tão ruim a longo prazo.
O modelo de financiamento atual compele os políticos a competir sempre por mais recursos, levando o Brasil a ter as campanhas mais caras do mundo. E o dinheiro vem sempre das empresas privadas que operam com o governo e também das empresas públicas, numa corrida desenfreada pelo dinheiro. Hoje não há limites por essa busca de recursos. É por isso que, conforme muitos entendem, precisa haver uma reforma política que estabeleça limites ao financiamento de campanhas.
ESSE NÚMEROS NÃO SÃO REAIS. NEM DE UM, NEM DE OUTRO. POR FAVOR, SE INFORMEM MELHOR.