Ministério Público recomenda suspensão de vaquejadas no interior do Ceará

- por
  • Compartilhe:

As vaquejadas realizadas nos municípios em Iracema e Ererê foram alvos de recomendação do Ministério Público do Ceará (MP-CE). O órgão pede a suspensão dos eventos devido à situação de seca nas regiões. O documento foi assinado pelo promotor de Justiça – Geraldo Laprovítera.

O pedido é destinado aos que promovem, competem ou participam de qualquer forma das vaquejadas, amadoras ou profissionais; aos órgãos do Poder Executivo dos Municípios; e às autoridades policiais. A recomendação requer suspensão imediata com duração até o final da quadra invernosa de 2015, período que serviria para que os animais pudessem voltar a condição de normalidade.

A recomendação diz que os órgãos do Poder Executivo de Iracema e Ererê não devem autorizar, fomentar ou promover a prática de qualquer evento de vaquejada; e que as autoridades policiais civis e militares devem empreender diligências para localizar as vaquejadas.

O promotor Geraldo Laprovítera explica que a recomendação, mesmo que não tenha obrigação de lei, é uma forma de deixar clara a intenção do órgão. “O caso foi verificado após várias denúncias. O gado está doente e magro, e a situação de seca está grande. O pedido de suspensão é um aviso para que não procedam daquela maneira, evitando transtornos maiores”, conta ele.

De acordo com o membro do Ministério Público, as vaquejadas oficiais, com promoção e divulgação, ocorrem, geralmente, entre março e abril. Mas, conforme o promotor, a recomendação visa, principalmente, os eventos amadores, nos quais não possuem infraestrutura adequada para os cuidados dos animais e representam 90% das vaquejadas nos municípios.

Após o período de suspensão, o MP deseja que algumas determinações sejam seguidas:

  1. Exigência do atestado de sanidade e do comprovante de vacinação contra febre aftosa e anemia infecciosa equina dos animais participantes no ato de inscrição para as vaquejadas;
  2. A contratação de médico veterinário habilitado, responsável pela garantia da boa condição física e sanitária dos animais e pelo cumprimento das normas disciplinadoras;
  3. A participação do órgão de defesa sanitária desde a chegada dos animais (desembarque);
  4. A exigência do histórico de vacinações;
  5. A garantia da qualidade da água e da alimentação;
  6. A proibição de que o mesmo animal participe mais de uma vez no mesmo dia e no mesmo evento;
  7. A exclusão do animal que deixar de correr quando for aberta a cancela, proibindo-se o uso de qualquer tipo de instrumento ou meio que estimule a corrida do animal, como “tapas”, chicote, “furão” ou choque elétrico.

*Fonte: OPovo




Comentários

Os comentários abaixo não representam a opinião do Monólitos Post; a responsabilidade é do autor da mensagem.
  1. já nao era sem tempo aplausivo essa iniciativa do mp porque as pessoas tem se divertir c os sofrimentos dos bichos .É bomito ver as vacas de perna quebrada rabo arrancado, era para ser proibido mesmo.

Deixe seu comentário

Os comentários do site Monólitos Post tem como objetivo promover o debate acerca dos assuntos tratados em cada reportagem.
O conteúdo de cada comentário é de única e exclusiva responsabilidade civil e penal do cadastrado.