Campanha da Fraternidade enfoca necessidade de diálogo entre igreja e sociedade

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Promovida pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a campanha deste ano tem como lema “Eu vim para servir”, utilizando uma imagem de Francisco durante um rito de lava-pés, em 2014, como símbolo da mensagem.

O arcebispo de Fortaleza, Estado do Ceará, Dom José Antônio Aparecido Tosi, afirma que a intenção é difundir a chamada do Santo Padre de associar as questões da vida humana com a espiritualidade.

“O chamado do Papa Francisco é que o verdadeiro sentido da vida humana está em deixar-se preencher pela força que vem de Deus e, por isso, amar as pessoas e elevar a humanidade a uma vida de fé. Por isso é que ele chama ao diálogo, por isso é que celebra encontros para superar divisões. Nunca vi um papa tão voltado para o concreto, tão voltado para o social”, ressaltou Tosi, durante o lançamento da campanha na cidade de Fortaleza.

Uma das frentes de atuação da Igreja em 2015 será o engajamento da instituição religiosa no debate e mobilização em torno da construção de uma reforma política democrática para o país.

Além disso, o arcebispo destaca a importância da instituição religiosa atuar na promoção direta de espaços de debate e estímulo à participação popular nesse processo. “Não basta apenas colher assinaturas; o povo quer saber por que assina. É preciso que a campanha não só colha assinaturas, mas assuma uma postura”, ressalva Tosi. “A Igreja, sozinha, não resolve os problemas da sociedade, mas será uma colaboradora. Nós acreditamos na força da união”.

Por ocasião da abertura da Campanha da Fraternidade 2015, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), nesta Quarta-feira de Cinzas, 18, o papa Francisco enviou mensagem, na qual destaca que o tempo quaresmal é propício para a vivência dos sentimentos de fraternidade e cooperação.

No texto, o papa Francisco fala da importância da contribuição da Igreja no respeito à laicidade do Estado, sem esquecer a autonomia das realidades terrenas, conforme motiva a Doutrina Social, em vista do bem do ser humano. “Cada um deve fazer a sua parte, começando pela minha casa, no meu trabalho, junto das pessoas com que me relaciono. E de modo concreto, é preciso ajudar aqueles que são mais pobres e necessitados”, disse Francisco.




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