Vereadores do município de Quixeramobim, no sertão central cearense, por 10 votos a favor, 04 contra e uma ausência, autorizaram na sessão ordinária do dia 05 de maio, o prefeito Cirilo Pimenta a fazer uso de doação de um terreno avaliado em mais de 100 mil reais a uma empresa privada, à título de incentivo ao desenvolvimento comercial no município.
O vereador Clébio Pavone (PSD) votou contra e ainda sugeriu a retirada do projeto de pauta, alegando que a prefeitura tem muitos imóveis alugados e que naquele terreno poderia ser construído uma repartição pública, que seria de boa localização no centro e próxima de demais órgãos importantes na sede do município.
Durante o debate do projeto o vereador e líder da bancada do PSB Teodomiro Neto (foto) fez uma grave denuncia, citando que “A doação desse terreno cheira a pagamento de conta de campanha política, essa empresa prestou serviços durante a campanha do atual prefeito e agora aparece um projeto desse para doar um patrimônio público bem no centro da cidade”.
Segundo o próprio vereador, quantas empresas não estariam a querer essa mesma regalia da beneficiada pelo atual gestor, e olhe se algumas não viriam a gerar até mais emprego e renda.
Os votos a favor do projeto foram: François Saldanha, Claudinha Borges, Maninho Coelho, Marcos Simão,Terezinha, Everardo Junior, Antônio Filho, Zé Filho, Idel Rocha e Cristina Pimenta e contra: Clébio Pavone, Paulo Ferreira, Teodomiro Neto e Rômulo Filho a única ausência registrada e justificada pois participava de um encontro foi da vereadora Liduína Leite.
Fonte: Folha do Sertão Cearense
Conheço bem aquele terreno. Noutras ocasiões já havia sido objeto de doação, porém, intervenções no momento certo, barraram as pretensões anteriores. Que imoralidade. Cadê o interesse público ou social? Dois parecida ocorreu com o Quixeramobim Clube. Entregaram, deixaram construir e nada fizeram contra. Agora retomar fica difícil porque há dúvidas em relação à forma como ocorreu entrega. Nosso QuixerMobim precisa urgente se libertar.
A tônica da maioria dos parlamentares e essa: privatizar tudo e ao mesmo tempo diminuir o tamanho do estado, tornando tudo aquilo que é público em propriedade privada. Isso é um caminho que sabemos que só quem levará vantagem será aquele que possuir o capital e muito caçital. Privatizar em prol de grupos formados até por parlamentares é querer voltar ao tempo da Casa Grande, os tempos da colonização. Tem que haver sim parcerias público privadas e com a proteção daquilo que é público (do povo) e só daquilo que é do grande empresário, que como sabemos vive de lucros ganho em cima do suor do pobre trabalhador brasileiro. O Brasil corre sério risco de entregar tudo nas mãos de pessoas que só irão querer lucros e mais lucros. Atualmente já vemos o Brasil sendo fatiado por grandes empresas enquanto que até as empresas médias não têm a mínima chance de participarem pelo menos e uma pequena fatia do bolo. Política tem que ser feita com o controle do Estado e com democracia e sem fascismo.