Monólitos Post

Engenhoca custa R$ 30.000,00 mensais, mas extrai 2 milhões de litros por dia.

Uma descoberta simples, mas com resultados surpreendentes na busca de água para abastecimento da população de cidades do Interior do Ceará castigadas pela estiagem, foi feita em Quixeramobim, na Região do Sertão Central.

O prefeito Cirilo Pimenta mandou montar um sistema de bombas e tubulação no leito da Barragem de Quixeramobim, que secou em setembro, e passou a puxar água com uma profundidade 7 a 8 metros. Foram montados dois motores e 20 canos, com 8 metros, para sugar a água do subsolo.

O resultado desse sistema – simples e barato, surpreendeu a todos: o conjunto de bombas está garantindo, hoje, uma vazão de 2.000.000 (dois milhões) de litros de água por dia.

“Com o terceiro motor, vamos chegar a 3 milhões de litros a cada 24 horas”, comemora Cirilo, ao calcular os gastos com essa engenhoca em R$ 30.000,00 por mês.

Os equipamentos montados na Barragem de Quixeramobim são semelhantes ao sistema usado pelas empresas que constroem obras de infraestrutura – como estradas, viadutos, pontes e saneamento básico, e precisam secar a área para escavações e acabam se deparando com água.

O sistema é formado por motores, bombas e canos que puxam a água do subsolo e deixam as valas secas para passagem de tubos, aterro e construção de pilares.

Cirilo está levando a experiência de Quixeramobim ao Governo do Estado e a outras prefeituras para viabilizarem esse sistema nas barragens e açudes que eram usados para o abastecimento de água para a população e, após quatro anos consecutivos de estiagem, acabaram secando.

O mesmo modelo poderá ser copiado por outras cidades do Nordeste, também, afetadas pela seca. (Informações do Ceará Agora.)