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Aviso na porta da Fundação Cultural. (Foto: WhatsApp)

A situação em Quixadá está insustentável. Como ocorre mensalmente, amanhã, dia 20, todos os vereadores deverão receber seus proventos. Atrasar salário do parlamento implicaria em sérios problemas para o prefeito, o que é compreensível. O mesmo privilégio, no entanto, não é desfrutado pelos servidores comuns.

Com atraso salarial de três meses, algumas famílias que dependem inteiramente da remuneração paga pela prefeitura estão em situação insustentável. Para se ter uma ideia, a Fundação Cultural está de portas fechadas, realizando apenas serviços internos. Na porta do prédio, como mostra a foto acima, um aviso explica que a medida é por causa dos atrasos salariais.

Sem ter o que fazer para garantir o próprio sustento, servidores ligados à pasta ameaçam tomar uma atitude extrema: pedir esmolas nas escolas do município.

O último mês pago em algumas secretarias foi julho. Compreensivelmente, muitos trabalhadores estão em situação de desespero.

De acordo com Neiva Esteves, presidente do Sindsep, o salário do prefeito João Hudson está sendo pago com a devida regularidade. Ela explica que servidores ligados ao gabinete, a SDS, aos 10% da educação, esporte e cultura, biblioteca, museu, turismo, procuradoria, ouvidoria e controladoria, estão sem receber os salários de agosto e setembro.

Na última semana, a Câmara teve oportunidade de aceitar denúncias que ensejariam posterior pedido de cassação do chefe do executivo, porém, manobras feitas principalmente pela base do PT garantiram sobrevida à gestão de Hudson, a quem os petistas aparentemente fingem fazer oposição. De acordo com observadores, quanto pior Quixadá estiver, mais lucro eleitoral pode ser obtido pelo PT.