Polícia Civl do Ceará esclarece apenas 24% dos homicídios

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f3e6fe499e7b12a38147-fotoApenas 23,4 por cento dos crimes de assassinatos praticados no Ceará são esclarecidos. Os dados são da própria Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), através da Polícia Civil.

O baixo índice na elucidação dos crimes contra a vida é um dos fatores geradores  da onda de mortes violentas no estado, que neste ano já ultrapassou a casa dos 3.500 homicídios e, em 2014, deixou o Ceará na terceira posição dos estados mais violentos do País.

Segundo o Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Ceará (Sinpol),  atualmente a classe passa por dois graves problemas que implicam diretamente no trabalho de investigação: o baixo efetivo  e o desvio de função.

Para um estado com cerca de 9,5 milhões de habitantes, a Polícia Judiciária conta com um efetivo de apenas 2,4 mil servidores.

Porém, hoje, delegados, escrivães e inspetores deixam de realizar a sua principal tarefa (investigar crimes) para tratar da custódia de centenas de presos que lotam os xadrezes das delegacias.

Os dois fatores aliados (falta de pessoal e desvio da função) resultam na baixa produtividade da instituição, isto é, inquéritos se amontoam sem que haja esclarecimento dos crimes, principalmente em se tratando dos casos de homicídios e latrocínios.

Na tentativa de, pelo menos, organizar as estatísticas e avaliar a resolução das dezenas de assassinatos que acontecem todos os meses no Ceará, a SSPDS montou uma base de dados para o acompanhamento da resolução dos crimes. Trata-se do Programa de Gerenciamento de Elucidação de Homicídios (PGEH), que nos últimos meses comprovou o que já era comprovado na prática: a baixa resolução dos casos de homicídios. (do Ceará News 7)




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