Soterrado por denúncias de corrupção, PT vê aceitação de Lula descer pelo ralo

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lula-pescoçoHá 32 meses da eleição de 2018, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ostenta rejeição de metade do eleitorado, mas o petista não é carta fora do baralho da sucessão de Dilma Rousseff.

Nomes conhecidos da oposição –os tucanos Aécio Neves e Geraldo Alckmin e Marina Silva (Rede)– estão estagnados ou encolheram, segundo o Datafolha.

Hoje, 49% dos eleitores afirmam não votar de jeito nenhum em Lula. É uma tendência crescente: em novembro, eram 47%, em dezembro, 48%. Aécio é o segundo em rejeição, com 23%.

“Pode ser um copo meio cheio ou meio vazio, dependendo do ponto de vista do observador”, diz Alessandro Janoni, diretor de pesquisas do Datafolha.

A má notícia para o ex-presidente é que a rejeição é superior à dos meses seguintes à revelação do mensalão, em 2005, quando seu governo mais correu risco.

O copo meio cheio é a rejeição ter subido dentro da margem de erro (dois pontos), mesmo após pessoas próximas do ex-presidente –o pecuarista José Carlos Bumlai e o marqueteiro João Santana–terem sido presas por ordem do juiz Sergio Moro.

A relação de Lula com empreiteiras alvos da Lava Jato, que bancaram reformas em imóveis ligados a ele, é apurada em São Paulo e no Paraná.

Segundo Janoni, três variáveis determinarão a viabilidade de Lula como candidato: o tempo que falta até 2018, o estado da economia sob o governo Dilma Rousseff e a Operação Lava Jato.

“O mensalão foi um exemplo da capacidade de recuperação. A taxa de rejeição dele é alta hoje, mas ainda há um contingente grande (37%) que o considera o melhor presidente que o país já teve e uma percepção do eleitor de que haverá melhoras na economia”, afirma Janoni. (da Folha de São Paulo)




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