Em setembro de 2015, o Monólitos Post publicou matéria afirmando que a atuação irregular de fabricantes de dentaduras em Quixadá e região põe em risco a saúde das pessoas. A situação continua a mesma, exceto pelo fato de que tem se tornado cada vez mais grave.
O município de Quixadá é hoje um celeiro de profissionais da odontologia, principalmente por causa da atuação de instituições de ensino superior que dão formação a quem quer atuar na área. Com este cenário, é preocupante o fato de que a fiscalização do Conselho Regional de Odontologia (CRO) não esteja acompanhado o ritmo da crescente oferta de novos dentistas nesta cidade e na região do Sertão Central.
Como resultado da ausência de fiscalização e do aumento da demanda por trabalhos ligados à odontologia, cresce o mercado irregular de fabricação de dentaduras. Consequentemente, como dito em matéria anterior deste site, “cidadãos tem colocado sua saúde em perigo ao entregarem o trato de problemas odontológicos exclusivamente aos cuidados de fabricantes de dentadura sem formação adequada e, às vezes, sem autorização para atuar no ramo.”
Dentre as irregularidades mais comuns, estão o uso de material inadequado no atendimento a pacientes, a atuação ilegal de protéticos que, por vezes, realizam serviços de responsabilidade exclusiva dos dentistas, a inclusão de pessoas sem treinamento apropriado no processo de fabricação de peças e o uso inadequado do nome e do registro no CRO de dentistas que sequer frequentam os laboratórios pelos quais, em troca de outros favores, emprestam suas assinaturas.
A população pode ajudar no combate às irregularidades denunciando, por exemplo, os fabricantes de dentaduras que atuam como dentistas para o Conselho Regional de Odontologia e ainda para a polícia, já que o exercício ilegal da profissão é crime previsto no Código Penal Brasileiro (CPB). No Ceará, denúncias podem ser feitas ao CRO através dos seguintes números: 0800 275 0530 ou 85 98802 9600. O CRO também mantém uma página no Facebook.