Cada vez que uma leva de delações premiadas da Operação Lava Jato sobe à superfície, os contornos do chiqueiro em que se transformou este país se tornam mais visíveis. É assombroso o nível de pouca vergonha com que atuam os políticos brasileiros.
A sujeirada e o fedor medonho da corrupção que se vai descortinando com o avanço das investigações oferecem o cenário perfeito para o tipo de guerra que suínos gostam de promover: guerra de lama. E ela é travada, em parte, por um exército de usuários das redes sociais que usam links de reportagens como balas e bombas.
De um lado, há quem erga o punho cerrado em defesa e em apoio aos seus ‘heróis-revolucionários’, boa parte deles trancafiados na Papuda. A atitude é típica, principalmente, daqueles indivíduos religiosamente petistas, ou daqueles que pertencem às siglas-satélites do petismo. Do outro lado, um bando de atiradores de lama que dizem não ter “político de estimação”, mas que estão unidos por algo não menos imbecil: uma repulsa mórbida, geralmente pelo PT, como se este fosse a única causa do mal na República.
A única vítima dessa guerra de lama nas redes sociais é o bom senso. E a grande vencedora, por incrível que pareça, é a própria corrupção que, ao invés de ser cada vez mais repudiada quanto mais é revelada, vai ganhando uma esquisita aceitação no coração dos atiradores de lama. Ora, já que não há união nacional em torna da decência, as pessoas vão aprendendo a repudiar apenas a corrupção do “outro lado”. Uma coisa vai alimentando a outra e a porcaria vai se tornando cada vez maior. No final, ganha de qualquer jeito a própria corrupção.
Não se tocam os soldados entrincheirados nestes chiqueiros, mas cada vez que eles atiram lama contra o outro lado, desejando, feito sócios torcedores, produzir o maior estrago possível na imagem do grupo oponente, legitimam a prática dos suínos de lá de atirar lama também em sua direção.
A guerra de lama nas redes sociais é, talvez, o ápice da burrice na luta contra a canalhice dos políticos.
Em vez de produzir união em torno de uma causa justa e boa para o país – que é o combate efetivo à corrupção -, tal guerra de lama divide mais a sociedade, enfraquece-a e, pior ainda, coloca boa parte dela como ponto de apoio a figuras nefastas, que se vão multiplicando e sobrevivendo no cenário político nacional.
Qual é, então, a solução? Não sei, sinceramente. As redes sociais são mar para todo peixe e as pessoas continuarão, irresistivelmente, jogando lama umas nas outras. E por mais que nos vigiemos, aqui e acolá nós acabamos fazendo o mesmo. Parece que a atitude sábia é olhar para cada notícia com senso crítico, tentando separar as narrativas mais apaixonadas daquelas mais sóbrias e daí escolher o que fazer com elas.
O que parece mais importante, no fim de tudo, é aquilo que o cidadão faz quando está na solidão da cabine de votação, acompanhado somente da própria consciência. É ali, na escolha que ele faz, que deve existir um gesto de sincera revolta com o cenário de corrupção sistêmica no Brasil. Foi assim, aprendendo a exercer a cidadania com responsabilidade no exato momento do voto, que tantos países experimentaram avanços significativos. Somos capazes de agir com responsabilidade também, certo? Afinal, não somos tão burros assim, não é mesmo? Numa hora ou noutra as coisas vão melhorar para nós, e o Brasil, então, talvez saia deste chiqueiro em que se transformou.
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Como podemos ver e isso já vem acontecendo há bastante tempo, a maioria dos políticos são de políticos ou corruptos totalmente, ou políticos que só visam os próprios interesses. As últimas delações dos empresários feitas na operação lava-jato, incluem mais ainda políticos que até a presente data, se julgam os salvadores da pátria no Brasil, isso segundo veiculado no jornal 247. Segundo é informado, as propinas eram pagas a políticos chamados por apelido. Eles eram denominados conforme a seguir: um deles que era aqui do Ceará, se chamava por “Indio”, outro era chamado de “Santo”, outro era chamado de “Caju”, outra era chamado de “mineirinho” entre outros.
Kd o Índio?