Sem reajuste legal, Professores de Quixadá continuam abandonados e descontentes

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O clima de insatisfação entre os professores permanece, e está aumentando, no Município de Quixadá, inclusive por meio de desabafos nas redes sociais. Isso porque o prefeito Ilário Marques (PT) se recusou a conceder o reajuste de 6.81% aos profissionais do magistério no início deste ano. O percentual foi estabelecido pelo Governo para o exercício 2018 e foi aplicado por quase todos os Municípios cearenses com a exceção de Quixadá, que descumpriu a lei federal.

Por conta da omissão do prefeito, em abril deste ano os professores tiveram que realizar uma semana de greve geral porque Ilário Marques se recusa a conceder o reajuste de pelo menos 6,81% para a categoria. Foi a primeira paralisação ocorrida na educação deste Município depois de oito anos.

A greve chamou a atenção de todos na cidade, visto que nas duas gestões anteriores não foi necessário fazer greve para atualizar salário, já que na época dos ex-prefeitos Rômulo Carneiro e João Hudson os profissionais do magistério tiveram reajuste no tempo certo, com direito a atualização retroativa e em percentuais até maiores do que o estabelecido pelo Governo Federal.

Entretanto, tentando abafar a greve, em abril o prefeito concedeu 3% de aumento aos professores e lançou a promessa de que depois concederia o restante do reajuste, faltando assim o percentual mínimo de 3,81% e as diferença retroativas. Porém, até o presente momento os profissionais do magistério permanecem à deriva, sem qualquer informação sobre o direito ao reajuste e aos retroativos.

Para completar, na gestão de Ilário Marques os professores com contratos temporários não recebem qualquer direito ao décimo terceiro, férias e terço de férias, ressaltando que ainda trabalham com o salário cortado em quase cinquenta por cento. Além disso, comenta-se que alguns professores com contratos temporários foram convocados para trabalhar no período de férias sob a ameaça de não receberem o pagamento equivalente ao mês de julho.

Mas vereadores de oposição deverão apurar essa acusação e levar o caso ao Ministério Público, pois acaso se confirme, o ocorrido poderá configurar assédio moral e desacato a lei federal que garante um mês de férias aos educadores. Vale lembrar que os professores com contratos temporários que ensinam pelo Estado recebem décimo terceiro, férias e não são constrangidos a trabalhar no mês de julho.

É exatamente por isso que esses absurdos se refletem nos números da educação administrada por Ilário Marques, uma vez que Quixadá ocupa pela primeira vez a posição 179º no ranking estadual relativo ao desempenho de cada Município cearense com relação a educação pública no exercício 2017. Se esse quadro de vergonha e vexame não mudar, certamente a greve poderá retornar.



Por: Herley Nunes
Email: monolitosquixada@gmail.com




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