Cautela! É a postura adotada pelo prefeito interino de Quixadá, João Paulo de Menezes, na organização do Executivo quixadaense. Ele está há apenas um pouco mais de uma semana no cargo e pegou uma administração que era bastante criticada pela desorganização em vários setores básicos. O legado deixado pela gestão afastada são ruas esburacadas, faltas de remédios nos postos de saúde, poder público desacreditado, perseguição a trabalhadores, desvalorização dos direitos fundamentais, enfim, uma gestão municipal que desdenhava dos interesses da Terra dos Monólitos.
João Paulo precisa, na situação em que se encontra o município, conhecer o real cenário financeiro e econômico da prefeitura, uma vez que o prefeito afastado, Ilário Marques, o descartou de sua gestão há um bom tempo. O petista não dava importância ao vice, que foi escolhido e excluído por ele mesmo. O distanciamento forçado por Marques deve fazer com que o novo gestor promova uma auditoria em todas as secretarias do Executivo, já que não era colocado a par do que acontecia. Agora, auditar as contas e as exonerações não devem prejudicar os serviços oferecidos à população, que, como relatado antes, não são satisfatórios.
É bom lembrar que uma auditoria poderá revelar outros estardalhaços de erros cometidos pelo governo petista, sobretudo na falta de zelo com a coisa pública, porque o afastamento de Ilário revelou que há atitudes tomadas por ele que são drásticas, como, por exemplo, fazer contrato em nome da municipalidade com pessoa que ele acusa de cometer crimes e com empresas investigadas por fraudes em outras cidades.
A atitude de fazer contrato com qualquer empresa ou pessoa sem se checar idoneidade do contratado, ponto frágil da gestão anterior, é um erro que precisa ser corrigido pelo novo gestor. O prefeito em exercício, tendo em vista as declarações do seu antecessor sobre o empresário que o delatou no suposto esquema de corrupção, deve ter prudência e reexaminar as contratações realizadas pela Prefeitura de Quixadá do inicio de 2017 até o período de afastamento do petista, pois João Paulo precisa mostrar seu compromisso com o município ao comunicar aos órgãos de fiscalização os erros que aconteciam, com pena de responder por falhas que não são suas.
O prefeito em exercício precisará ter jogo de cintura para não ultrapassar os gastos com pessoal, outro legado do gestor afastado. O petista tinha uma equipe numerosa e mesmo com quase 58% do limite de gastos com pessoal, não conseguiu demostrar eficiência e qualidade nos serviços públicos. Uma administração que mantinha até o primeiro quadrimestre de 2017, 795 prestadores de serviços e 235 comissionados, de acordo com o que apurou o Ministério Público, teria, no mínimo, que ofertar um serviço regular aos seus contribuintes. Já no segundo quadrimestre daquele ano, o atendimento dos serviços básicos aos munícipes se agravou, mesmo a prefeitura passando a ter 1.012 contratados por prazo determinado e 269 comissionados, ou seja, pelo menos mais 34 cargos de confiança foram alocados no Executivo quixadaense. Declaração controversa? Até poderia ser, se as contratações fossem para melhor atender as pessoas, mas objetivo delas, de acordo com o que decidiu o juiz da 3ª vara da comarca de Quixadá e que determinou a validação da homologação do concurso anulado por Marques, Adriano Ribeiro Furtado Barbosa, era de que “a saída encontrada pela gestão para desvalorização dos candidatos foi a anulação do certame, único quadro favorável à preservação dos “contratos de fidelidade” concebidos em sua maioria no período das eleições”, destacou o magistrado na sentença.
Ainda entre os desafios que serão enfrentados por João Paulo está fazer com que a Terra dos Monólitos saia do marasmo e estagnação deixados por Ilário Marques. Em 2017, o petista investiu muito pouco em obras e instalações: R$ 862.904.489 (Oitocentos e sessenta e dois mil, novecentos e quatro reais e quarenta e oito centavos), valores utilizados para reformas da sede da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, do posto de saúde e da sede da prefeitura no centro da cidade. Os valores para o primeiro ano de gestão são bem inferiores aos investidos no último ano de João da Sapataria, que foram quase 1,7 vezes mais. Os dados estão registrados no Portal da Transparência, onde é possível ver que neste ano, até o dia 23 de agosto, o governo municipal investiu menos que o primeiro e o último ano da administração do inexperiente político e comerciante, que assim como Marques também foi afastado por ordem judicial. Com estas informações, sabe o que os órgãos de fiscalização comprovam? O que eu digo sempre: Ilário promovia um governo baseado em um marketing fantasioso e mirabolante, com atitudes de gestores do século passado.
Com uma gestão desacreditada e enganosa, João Paulo deverá adotar um perfil que valorize o diálogo, de aproximação dos trabalhadores, principalmente dos perseguidos por seu antecessor. Cabe ao prefeito interino resgatar a autoestima dos quixadaenses, bem como dos contratados, efetivos e comissionados, valorizando os que realmente fizeram um bom trabalho em meio ao caos consolidado no poder público local. Um pequeno período de transição seria razoável e tolerante, pois servirá para analisar quem da administração anterior poderá compor sua equipe e quem deve sair. As exonerações em massa não são indicadas para quem precisa se reerguer, uma vez que os dois últimos titulares da chefia do Executivo local, por atitudes desastrosas, foram afastados do cargo. Na real situação vivida pela Terra dos Monólitos, não será bom para o oferecimento de serviços públicos básicos, em um curto período, exonerar toda uma equipe. Não é este o cenário que passará confiança a quem precisa, por exemplo, ser atendido por um clínico no Hospital Municipal Eudásio Barroso.
Um fato que precisa ser lembrado pelos munícipes é que o futuro da municipalidade, pelo menos até que o prazo de 180 dias de afastamento da gestão petista seja cumprido, pode ser incerto, porque ninguém sabe ao certo se João Paulo continuará na chefia do Executivo até o fim do mandato ou se llário conseguirá retomá-la. No meio desta celeuma está a população, que sonha com um Quixadá no rumo do desenvolvimento, mais igual, menos violento e que desperte o interesse de micro e grandes empresários em investir no município e isso requer tempo, óbvio. Não podemos esquecer que se de fato o novo prefeito for consolidado no cargo é o tempo que o ajudará a nomear os aprovados no concurso e que será fundamental para “arrumar” a casa. Afinal de contas, em apenas um pouco mais de dois anos e meio, a administração anterior se envolveu em vários escândalos e pouco investiu como aqui foi citado. O novo gestor terá como nenhum outro político teve o poder de inovar, ocupando os cargos da prefeitura com concursados e profissionais capacitados e preparados nos cargos de livre nomeação. Com estas atitudes, o município dará um passo rumo ao desenvolvimento e, evitará, que como outrora, os velhos vícios cometidos por quem está acostumado com o apadrinhamento político e o comodismo de pouco fazer acabe com o direito dos quixadaenses de pelo menos sonhar com mais trabalho, investimentos e qualidade de vida.
Por Franzé Cavalcante – Jornalista
E-mail: monolitosquixada@gmail.com







Quixadá é a cara do PT
seu principal lider esta preso como ladrão. seus seguidores e apoiadores são o que ?
Ilario Marques é mais um destes policozinho de merda que ainda acredita defende e faz parte da quadrilha
Sr. Ilario marques lhe desejo somente uma bela cadeia para acompanhar seu lider
Ta tudo muito bom,ta tudo muito bem ,mas e aí? Ele vai ou não homologar o concurso?