“Ele não!”, foram o que disseram os prefeitos do Sertão Central ao chefe do Executivo quixadaense, Ilário Marques, que tentava ser reeleito presidente do consórcio de saúde da região. O petista tentava a todo custo se manter na presidência do consórcio, entretanto, os gestores da região, pelo histórico do político da Terra dos Monólitos, preferiram o prefeito de Ibicuitinga, Franzé Carneiro.
Marques foi, nos últimos anos, condenado por improbidade administrativa, porém, o que o levou a ouvir um não dos demais chefes dos Executivos da região foi o fato de estar sendo investigado e ter sido afastado, em agosto de 2018, por suspeita de comandar esquema de corrupção dentro da Prefeitura Municipal de Quixadá.
Como Ilário havia sido eleito presidente do consórcio antes do afastamento, não havia objeção ao seu nome. Agora, depois do maior escândalo de corrupção do Sertão Central virar notícia nacional, os prefeitos temem que o consórcio fiquem, assim como o petista, sob suspeita. Para evitar desgaste elegeram um nome novo na política e sem problemas com a justiça.
Outro fato que fizeram com que a Presidência do consórcio fosse renovada foi a ação de improbidade administrativa, por nepotismo, movida pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) em desfavor do prefeito de Quixadá, que, como presidente da autarquia, nomeou o genro como diretor.
De acordo com informações, Ilário Marques estava tentando emplacar a esposa Rachel Marques, candidata derrota nas eleições de 2018, num cargo de direção do consórcio, contudo com a eleição de Franzé Carneiro esta tentativa poderá ser frustrada, já que o novo gestor deverá realizar uma auditoria nas contas do consórcio, bem como renovar toda direção, e agora as ações deverão ser voltadas para todos os municípios do Sertão Central.
