A pressão popular pela não aprovação do projeto de taxação do lixo no município de Quixadá fez com que o presidente interino da Câmara Municipal, Denis Dutra (PT), desse por encerrada a sessão extraordinária marcada, exclusivamente para votação do projeto enviado com pedido de urgência pelo prefeito Ilário Marques (PT). Um detalhe: A sessão foi iniciada na última segunda-feira (15), suspensa no mesmo dia e reiniciada, bem como encerrada na manhã desta quarta-feira.
A sessão durou apenas 10 minutos, pois o presidente da casa encerrou o encontro com a justificativa de que o projeto seria votado em um outro momento. A população se revoltou, pois queria que a votação acontecesse e os parlamentares dissessem não a taxa do lixo. Várias pessoas chamavam os vereadores da base aliada do alcaide de “covardes” e outras seguravam cartazes e gritavam fora Ilário.
O Executivo quixadaense queria que o projeto fosse aprovado e a população passasse a pagar mais um imposto. Apesar da Prefeitura negar, o intento foi revelado em entrevista a TV Monólitos pelo vereador Laércio Oliveira, que compõe a base aliada do petista. “Quanto essa questão da taxa de lixo, ela era prevista no projeto”, declarou.
Para que o projeto fosse validado, o prefeito usou uma manobra, utilizando o nome do Governo do Estado, informando que era apenas um protocolo para implantação do Consórcio de resíduos sólidos do Sertão Central, mas que, na prática, implantaria a taxa do lixo na Terra dos Monólitos. O projeto só não foi aprovado porque a população e os vereadores Cabo Marlim, Dudu, Luiz do Hospital, Louro da Juatama, Marinez Onofre, Evaristo Oliveira, Marcelo Ventura e César Augusto se posicionaram contra mais essa medida impopular da atual gestão petista local.
Agora, os quixadaenses ficarão de olho na ação do alcaide e também na do chefe do Legislativo, pois eles pretendem colocar, novamente, o projeto em pauta a qualquer momento. Um morador do bairro Alto São Francisco, Renato Fidellyz, disse que a população não quer pagar imposto e não ter retorno. Ele perguntou: ” Senhor prefeito, cadê o dinheiro da Saúde, já que o hospital Eudasio Barroso está caindo aos pedaços”.
O vereador Cabo Marlim alertou a população sobre novos impostos que poderão ser enviados pelo Executivo local. “Pode guardar essa gravação, o próximo projeto que vai vim aqui, é o aumento da taxa de iluminação pública”, comentou o parlamentar.
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