Os quixadaenses se assustaram com o print de uma tela compartilhado nas redes sociais do município durante amanhã desta segunda-feira (23) que informava que havia um caso de COVID-19 no município.
De acordo com a imagem, a paciente estaria na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Quixadá e pertenceria ao grupo de risco, pois trata-se de uma senhora de 69 anos e com histórico que pode, com a demora da realização do exame, agravar o quadro clínico. A idosa é hipertensa, diabética, com sequela de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e estava com febre alta. De acordo com a imagem, o registro da situação da senhora foi feito as 17h11min, do domingo (22) e pode tratar-se do pedido de uma vaga em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Após a imagem viralizar nas redes sociais do município, a Secretaria de Saúde de Quixadá divulgou boletim informando que haviam nove casos suspeitos e nenhum confirmado. Para reforçar a informação, a secretária da pasta, Juliana Câmara, gravou áudio e demonstrou fragilidade na realização do exame para detectar o COVID-19, ao falar do caso da senhora de 69 anos, sobretudo pela imagem viralizada demostrar o quadro clínico da paciente, que necessita de total atenção, sobretudo, na rápida realização do teste que confirma se a idosa estaria infectada ou não.
O áudio da secretária confirma exatamente ao contrário, que o exame, até às 12h10 desta segunda-feira (23), quase 20 horas depois do registro da situação da paciente, não havia, ainda, sido realizado. Ela confirmou, também, que a imagem é real, ao informar que trata-se de “uma foto do Sistema de regulação do Hospital Regional do Sertão Central” e que o procedimento é feito “que para eles liberarem a vaga do paciente precisa colocar o diagnóstico provável”.
Juliana Câmara tratou o caso de vazamento da imagem como crime e reafirmou que na regulação e no sistema do hospital teria que ter a informação do “diagnóstico provável”. Além disso reforçou que a paciente, que pelo estado crítico necessita de uma UTI, não havia realizado o exame para detectar o COVID-19. “A paciente ainda se encontra da UPA de Quixadá, aguardando o SAMU para fazer a transferência e ainda nem foi coletado seu exame de swab para saber se é positivo ou negativo, afirmou a secretária.
A declaração de Juliana tem sido diferente da propagada pelo Executivo municipal, que diferente dela, tem se aproveitado da situação para dizer que está preparado para doença, mesmo não conseguindo realizar o exame que detecta a doença e neste caso, de uma paciente que sente na pele que tempo é vida.
Abaixo você pode ouvir o áudio da secretária que foi divulgado nas redes sociais.



