O maior município do Sertão Central cearense, Quixadá, sempre foi conhecido por sua gente hospitaleira e belezas naturais, mas, nos últimos anos, a Terra dos Monólitos tem aparecido nas manchetes dos jornais de todo país nas páginas policiais devido a corrupção no poder público.
Há exatamente um ano, o Ministério Público do Estado deflagrou a operação “Casa de Palha”, a maior de combate à corrupção em Quixadá. No dia 24 de abril de 2019 foram presos o presidente da Câmara Municipal, Ivan Construções, o genro do prefeito Ilário Marques (PT), vulgo Neto Dias, agentes públicos e empresários em uma empreitada que desbaratou o que o órgão chamou de “esquema criminoso” que fraudava licitações tanto na Prefeitura como no Legislativo local. Nem o dinheiro de uma simples limpeza de ar-condicionado escapou das mãos dos integrantes do grupo.
Acusado de chefiar o esquema, o presidente da Câmara foi solto no início deste mês beneficiado por fazer parte do grupo de risco da pandemia do COVID-19, o novo coronavírus. Já o genro do prefeito, Neto Dias, braço direito de Ilário Marques, era, segundo o Ministério Público, encarregado de resolver a burocracia da suposta organização criminosa nas licitações dentro do Executivo, mas foi solto e, hoje, tem o paradeiro desconhecido.
Para levar todos os envolvidos a prisão, a Promotoria Pública de Quixadá, chefiada pelo promotor Marcelo Cochrane Santiago Sampaio, elaborou um mapa que chocou a população quixadaense por mostrar que homens de “bem” perante a sociedade estavam se apropriando do dinheiro público, o que posteriormente os garantiriam verdadeiros bens. O prefeito de Quixadá, que já havia sido afastado em agosto de 2018, por, de acordo com o Ministério Público, exigir propina da empresa que coleta o lixo do município, também figura no mapa.
Após um ano da deflagração da operação “Casa de Palha”, você pode conferir abaixo a reportagem sobre as prisões dos envolvidos no esquema.


