Após o governo do estado endurecer as ações para combater a proliferação do novo coronavírus, a Prefeitura de Fortaleza adotou o lockdown, fechamento total do comércio, permitindo apenas o funcionamento de serviços essenciais.
Logo após, o prefeito de Quixadá, Ilário Marques (PT), criou uma Zona Especial de combate ao coronavírus, no centro da cidade, permitindo, apenas, o funcionamento de supermercados e outros estabelecimentos determinados em decretos anteriores. No entanto, as oficinas de consertos de veículos, que são consideradas pelo Governo do Estado como serviços essenciais, estão sendo notificadas e os clientes não conseguem ser atendidos porque as ruas estão bloqueadas, ação advinda do decreto de n°25/2020 da administração municipal.
Sem ter como atender aos clientes, já que não há como ter acesso às oficinas, os donos desses estabelecimentos e mecânicos estão passando por dificuldades financeiras. “Tá complicado, nós não podemos trabalhar por motivo dos carros não terem acesso aqui. Até notificar a gente, já noticiaram. Entraram e disseram que a gente tava aglomerando pessoas. Eu vou dá o que comer minha família como, sem poder trabalhar?”, pergunta o dono de uma oficina.
Já um mecânico, disse que se sente como um bandido, pois tem que trabalhar escondido com medo da perseguição imposta pelo decreto, mesmo prestando um serviço essencial à população. “Quando a gente consegue um serviço, a gente bota para dentro da oficina para trabalhar de porta fechada, escondido como um bandido. Só é permitido passar carro aqui à noite, mas se eles veem o portão um pouquinho aberto é dizendo que vai multar”, comentou.
Quer saber mais sobre a situação dos mecânicos, em Quixadá? Assista reportagem da TV Monólitos.