Os profissionais do magistério do município de Quixadá já não sabem mais o que fazer com relação às arbitrariedades cometidas pelo prefeito Ilário Marques (PT). O último ato do gestor que causou insatisfação aos docentes foi o atraso no pagamento do terço de férias e o anúncio de que esse direito seria pago, mas de forma parcelada.
De acordo com informações repassadas ao Monólitos Post, o prefeito teria anunciado em uma emissora de rádio local que agora resolveu pagar o terço de férias com atraso, mas parcelado. O motivo do descontentamento dos professores seria justamente porque o terço sempre era pago junto com o pagamento referente ao mês de junho.
Outra razão para a insatisfação seria a maneira de realizar esse pagamento, ou seja, já que ocorreu o atraso, a categoria esperava que o referido direito fosse repassado aos educadores de uma só vez para amenizar os prejuízos e não dividido em parcelas. Isso sem contar que em abril do corrente ano a gestão decidiu parcelar também o reajuste do magistério em três vezes, ficando o índice de 12.84% dividido em três vezes para ser implementado nos meses de março, agosto e dezembro de 2020.
Não há dúvidas de que é a primeira vez na história de Quixadá que o reajuste do FUNDEB e o terço de férias são parcelados e marcados pelo famigerado atraso. Isso tudo representa consideráveis perdas para o trabalhador, tendo em vista que o salário de quem deveria ser bem pago neste município começa a se desvalorizar em decorrência da desatualização monetária provocada pela ineficiência da atual gestão.
Outro fato, porém, tem chamado a atenção dos quixadaenses: durante o atual mandato, o dinheiro do FUNDEB coincidentemente tem ficado mais escasso nos anos de 2018 e 2020, justamente os anos eleitorais. Em 2018, foi o ano em que o prefeito lançou a sua esposa como candidata ao cargo de deputada federal. Precisamente nesse ano foi deflagrada uma greve na educação porque o petista resistia em não reajustar o salário dos professores, mas quando o mesmo se deu conta de que as escolas estavam paralisadas, então resolveu parcelar o reajuste que seria de 6.81% e concedeu apenas 3% na promessa de que depois pagaria o percentual correspondente a 3,81%. Todavia, como não cumpriu o prometido, até hoje se pergunta: cadê o dinheiro que estava aqui?
Em 2020, o prefeito já declarou que é candidato a reeleição. Logo, conforme o padrão administrativo do petista, como é um ano de eleição, consequentemente mais uma vez o FUNDEB é a vítima, visto que foi o único município da região a atrasar e a parcelar o reajuste do magistério e o terço de férias, indicando, assim, que o dinheiro da educação “sumiu”.
Portanto, esses são fatos que merecem ser investigados pelas autoridades competentes, considerando que não é normal o arrocho salarial e que o dinheiro do FUNDEB desapareça exatamente em ano eleitoral. O que torna tudo ainda mais suspeito é que em 2018, no ano da campanha de Rachel Marques (PT), esposa do prefeito, o Ministério Público deflagrou a Operação “Fiel da Balança”, que afastou o petista sob a acusação de desvio de dinheiro público, acrescentando-se que o empresário responsável pelo contrato do lixo declarou aos promotores que o prefeito teria exigido propina do contrato do lixo para abastecer a campanha de Rachel.
Por: Herley Nunes
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