O prefeito de Quixadá Ilário Marques (PT) decidiu investir na contratação em massa de servidores temporários no período de pré-campanha eleitoral. As denúncias sobre a realização de sucessivos contratos não param de chegar à imprensa local, relativos à distribuição de empregos sem concurso para diversas funções.
Recentemente, o Monólitos Post teve acesso a um documento comprovando que o município contratou, em fevereiro de 2020, duas pessoas para exercer a função de mensageiro. A complicação consiste em que existem aprovados no concurso público de 2016 aguardando a convocação para assumirem as vagas de mensageiro ofertadas no edital do certame.
Como o prefeito tentou de todas as maneiras anular o concurso, o caso foi para a justiça, sendo decidido que o município estava proibido de contratar servidores temporários enquanto existisse aprovados para exercer as mesmas funções. Dessa forma, o chefe do Poder Executivo está descumprindo uma ordem judicial do juiz da 3ª vara desta comarca, Adriano Ribeiro Furtado Barbosa, bem como do desembargador do Tribunal de Justiça do Ceará, Francisco de Assis Filgueira Mendes, que é o relator do recurso sobre a polêmica dos concursados. Desta vez, a ousadia do prefeito em afrontar os órgãos de Justiça ultrapassou todos os limites legais.
As decisões judiciais sobre o caso são bem claras: O município está proibido de contratar servidores temporários enquanto existirem os aprovados para assumir as suas vagas. Logo, ao agir assim, o prefeito não apenas descumpre uma decisão da justiça como também desafia o Ministério Público, tendo em vista que o órgão foi o autor da ação civil pública que pede a convocação dos concursados e a proibição dos contratos em substituição aos aprovados.
O petista conclui neste ano o seu quarto mandato como prefeito de Quixadá, sendo assim 16 anos de gestão no município. Em todos esses anos a sua forma de administrar tem sido se repetido como uma marca. Por um lado, na teoria, o prefeito procura sempre uma desculpa para os erros e atos ineficientes do seu governo. Falar muito, colocar sempre a culpa nos outros, prometer e se exaltar são algumas de suas principais características.
Por outro lado, a prática da atual gestão revela um contexto completamente diferente da teoria do utilizada pelo prefeito: Educação de péssima qualidade, sistema de saúde caótico, ruas esburacadas, onda de desemprego, bairros sem saneamento básico, perseguição, contratação temporária em substituição aos concursados, dívidas, atrasos e parcelamentos quanto aos reajustes e terço de férias do magistério, descumprimento de ordem judicial e atos que desafiam o Ministério Público.