Já estamos em campanha eleitoral para Prefeito e Vereadores, ao passar pelo centro de nossa cidade Quixadá, me veio na memória uma telenovela chamada de “O Bem amado” do ano de 1973, e posteriormente fora reproduzido um filme com o mesmo nome em 2010, sugiro aos amigos leitores que ainda não conhecem a obra, assistam.
Em pouco mais de dois meses Quixadá virou um canteiro de obras, tudo isso por conta das eleições, o Prefeito demonstrando as realizações de suas obras em tempo recorde, após mais de três anos sem realiza-las. Parece que estou em “Sucupira”.
E as várias “irmãs cajazeiras” defendendo o Prefeito com um amor febril, o “papai”, que bate e depois assopra, que estão agora recebendo o assopro do paternalista, que lhe causam a amnésia do passado e a dopamina (hormônio da paixão) do presente. Parece que estou em “Sucupira”.
Os vários “Dirceu borboleta” que assessoram o Prefeito, que comungam com a atual administração sem questionar, mesmo com as várias manifestações judicias que apontam corrupção no paço municipal, mas são dotados da “qualidade” do “Dirce borboleta” a cumplicidade e a subserviência, parece que estou em “Sucupira”.
Em pleno 2020, uma sátira que foi a novela “O Bem Amado” em 1973, ainda consegue retratar tão bem uma cidade do interior e as artimanhas de sua vida política, ao observador que consegue visualizar e associar os principais personagens da ficção com os da vida real, reafirmando o dilema do título: a vida imita a arte ou a arte imita a vida: Quixadá ou Sucupira?